O governo do Irã anunciou que aumentará as penalidades pelo uso de energia provinda da mineração de criptomoedas, em mais uma medida que marca o endurecimento da regulamentação da mineração no país, que enfrentou escassez de energia nos últimos meses.
No último sábado (16), o Tehran Times informou, citando a empresa de geração, distribuição e transmissão de energia do país, que o governo planeja aumentar drasticamente as taxas de multas para os operadores de mineração que usam eletricidade subsidiada. O representante da empresa, Mohammad Khodadadi Bohlouli, explicou sobre o aumento.
É proibido qualquer uso de eletricidade subsidiada, destinada a residências, assinantes industriais, agrícolas e comerciais, para mineração de criptomoedas”, comentou Khodadadi Bohlouli.
Ainda de acordo com o representante, as multas pelo uso de energia subsidiada na mineração aumentarão em, no mínimo três e no máximo, cinco vezes. Em caso de repetição dessa violação, pode haver revogação da licença de um negócio e até mesmo à prisão do infrator.
Vale lembrar que as operações de mineração de criptomoedas no Irã são legais e estão sujeitas a um processo de licenciamento desde 2019. No começo de 2020, o Ministério da Indústria, Mineração e Comércio emitiu mais de 1.000 licenças de mineração, porém, devido a alguns grandes desafios para a rede de energia do país, como seca e chuvas reduzidas, em maio do ano passado, o presidente do Irã, Hasan Rouhani, anunciou uma moratória temporária na mineração de criptomoedas. Esse ciclo se repetia quando a moratória foi levantada em setembro do ano passado apenas para ser restabelecida em dezembro passado.
Mostafa Rajabi Mashhadi, porta-voz do Ministério da Energia do Irã, afirmou em maio de 2021, após anunciar multas pelo uso de energia subsidiada, que a mineração não autorizada de criptomoedas criava problemas no fornecimento de eletricidade devido aos danos à rede elétrica local e aos transformadores.