Recentemente, um debate aqueceu o ecossistema das criptomoedas quando uma investigação destacou várias plataformas, incluindo Cardano, Tezos, Litecoin, Algorand, Monero, Ripple, entre outras, rotulando-as de “zumbis” por supostamente terem “poucos usuários”. Charles Hoskinson, o visionário por trás de Cardano, não demorou a reagir, escolhendo o humor como sua arma de defesa.
Segundo revelações de uma equipe da Forbes, aproximadamente 50 criptomoedas estão sendo negociadas com valorações acima de 1 bilhão de dólares, e dentre essas, pelo menos 20 foram classificadas como “zumbis funcionais”. O artigo, publicado em 27 de março, lançou uma luz crítica sobre esses blockchains, descrevendo-os como ativos de “pouca utilidade” que se prestam mais ao comércio especulativo do que a funções reais, apesar de acumularem “tesouros cheios de milhões” e não prestarem contas a acionistas ou reguladores.
Cardano foi um alvo específico das críticas, com o artigo apontando que, apesar de gerar 3 milhões de dólares em taxas no último ano, a Fundação Cardano admite que ainda não completou seus estágios de desenvolvimento. Além disso, Hoskinson foi mencionado de forma peculiar, com detalhes sobre seu rancho em Wyoming, seu financiamento a caçadores de alienígenas e um centro de medicina regenerativa e anti-envelhecimento, bem como alegações sobre sua trajetória acadêmica.
Hoskinson respondeu com espirituosidade, compartilhando uma animação de zumbis da série South Park, incluindo referências a Bitcoin Cash, Stellar e Ethereum Classic, sugerindo que tais “zumbis” possuem “todos os cérebros”, numa clara alusão à Forbes.
Hey guys @tezos @Algorand @bitcoincashorg @Ripple_XRP1 @StellarOrg @BobSummerwill we are all Crypto Zombies according to Forbes.
I guess it's because we got all the 🧠! pic.twitter.com/nwKbf7R4Pb
— Charles Hoskinson (@IOHK_Charles) March 27, 2024
Este episódio ressalta não apenas a constante tensão entre criadores de criptomoedas e a mídia, mas também a determinação de figuras como Hoskinson em defender seus projetos. Cardano, em particular, tem enfrentado críticas de “morte” várias vezes, similarmente ao que acontece com o Bitcoin, que foi declarado “morto” 476 vezes desde 2010.
Contudo, esses eventos reforçam a natureza controversa e ao mesmo tempo resiliente do mercado de criptomoedas, um campo onde críticos e defensores continuam a debater o valor real e o potencial de inovação dessas tecnologias.