As grandes operadoras norte-americanas estão começando a mudar o paradigma no setor de telecomunicações ao adotar soluções descentralizadas, tal como a tecnologia da Helium, apoiada pela blockchain Solana. Recentemente, a Helium revelou uma colaboração com duas destacadas operadoras dos EUA para explorar o offloading de tráfego móvel usando sua infraestrutura descentralizada.
Esta parceria representa um passo inovador para alterar o modelo tradicional de rede móvel, o que poderia desencadear uma mudança significativa para um sistema mais distribuído e menos dependente de infraestruturas centralizadas. Iniciado em 9 de agosto, o projeto beta já demonstrou resultados promissores.
No âmbito dos testes, que começaram em 18 de junho de 2024, a Carrier 1 conseguiu integrar 185.378 assinantes à Helium Network através de uma rede de 23 hotspots móveis. Durante este período inicial, esses assinantes utilizaram 2.675 GB de dados em atividades como mensagens e streaming. Por sua vez, a Carrier 2 iniciou seus testes em 25 de junho, conectando 122.482 assinantes e gerenciando a transferência de 1.686 GB de dados por uma rede mais robusta de 63 hotspots.
O funcionamento da Helium Network facilita que as operadoras de telefonia móvel realoquem o tráfego de dados para uma rede de hotspots distribuídos. Esta estratégia diminui a sobrecarga em torres de celular convencionais e promove uma gestão de rede menos centralizada, trazendo como benefícios redução de custos operacionais, ampliação da cobertura, especialmente em áreas carentes de serviço adequado, e uma maior resiliência da rede.
Weekly Update on our Carrier Offload Beta stats!
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— Helium Mobile ☁️🪿🥚 (@helium_mobile) August 9, 2024
Apesar dos avanços, a Helium enfrentou desafios desde sua origem focada em redes para a Internet das Coisas (IoT). A migração para a Solana, no entanto, ampliou as capacidades da Helium, permitindo-lhe suportar operações mais complexas e um volume maior de usuários, vital para sustentar redes de telecomunicações de grande escala.
Esses desenvolvimentos positivos não eliminam as incertezas sobre a capacidade da rede descentralizada da Helium de atender às exigências das principais operadoras. O sucesso contínuo dos testes será crucial para confirmar se a rede descentralizada pode realmente rivalizar com os modelos tradicionais de telecomunicações.