O volume de negociação de Bitcoin em relação ao rublo russo subiram para o nível mais alto em quase um ano devido à guerra entre Ucrânia e Rússia, iniciada na semana passada. A hryvnia ucraniana também teve altas não registradas desde outubro de 2021.
Os embargos e sanções comerciais atingiram a economia da Rússia e, especialmente, a moeda nacional do país, o rublo, que perdeu cerca de 25% de seu valor em questão de 24 horas. Contudo, o provedor de dados do mercado de criptomoedas, o Kaiko, revelou que o Bitcoin (BTC) está ganhando força na região após as sanções.
Foi revelado que os volumes de negociação de BTC em relação ao rublo atingiram o nível mais alto desde maio de 2021, enquanto aqueles que usam a hryvnia ucraniana superaram o pico de outubro. Clara Medalie, diretora da Kaiko Research falou sobre a situação.
A tendência segue uma onda de sanções contra a Rússia, que interrompeu os mercados cambiais e fez com que o rublo afundasse na lei recorde contra o dólar”, comentou Medalie.
Ela observou ainda que o volume geral de negociação do bitcoin também disparou nos últimos sete dias, revelando que o aumento da atividade para os negociadores de BTC/UAH e BTC/RUB foi “a maior magnitude” do que o BTC/USD.
Especialistas acreditam que a incerteza financeira e a guerra na região farão com que os russos potencialmente convertam seu dinheiro em ativos digitais. Por isso, o vice-primeiro-ministro da Ucrânia pediu às corretoras de criptomoedas que congelem os endereços de usuários russos.
Contudo, isso não deve ocorrer, por ora. O CEO da Kraken, Jesse Powell, comentou que o bitcoin é a representação dos valores libertários e, portanto, sua empresa não pode bloquear as contas dos clientes sem uma exigência legal. Ele também assumiu que muitos usuários russos provavelmente serão contra a guerra.
A Binance foi outra que se colocou contra o veto aos russos, afirmando que a criptomoeda visa proporcionar maior liberdade financeira, e tal iniciativa pode se opor ao conceito de classe de ativos.