O cenário tecnológico vem sendo abalado com a acusação feita por Kenneth Dintzer, advogado do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), que afirma que o Google está asfixiando a inovação em inteligência artificial ao monopolizar o mercado de buscas por meio de acordos de exclusividade. A informação foi divulgada através de um relatório da Bloomberg.
Atualmente, o Google enfrenta dois processos antitruste de grande repercussão. Um deles foi iniciado em 2020 por um grupo de procuradores-gerais de onze estados e o DOJ, enquanto o outro foi movido pelo DOJ e procuradores-gerais de oito estados diferentes no início deste ano.
Em 2020, o processo alegou que a gigante da tecnologia violava as leis antitruste federais através de acordos com clientes como a Apple, pré-carregando o mecanismo de busca em dispositivos e navegadores. O juiz americano Amit Mehta está responsável pelos dois casos e deve emitir seu veredicto ainda neste verão.
Dintzer argumentou, no tribunal, que o Google manteve seu monopólio por anos e colocou em questão o impacto dessa postura no avanço da inteligência artificial: “Teríamos visto o ChatGPT seis anos antes? Veríamos cinco outros concorrentes competindo pela busca? Essas são perguntas que nenhum de nós pode responder.”
O Google tem pago bilhões à Apple anualmente para garantir uma vantagem competitiva como mecanismo de busca padrão no navegador Safari, pré-carregado em iPhones, iPads e computadores desktop e laptop Mac. Dintzer enfatizou que, se as pessoas realmente preferissem o Google, a empresa não precisaria pagar tanto por essas vantagens.
Desde o lançamento em novembro de 2022, o ChatGPT, um chatbot de inteligência artificial, tem sido o centro das discussões sobre o desenvolvimento da IA, embora também gere controvérsias. Em dezembro, a comunidade blockchain constatou que o chatbot é inteligente o suficiente para explorar contratos inteligentes.
O chatbot também levantou preocupações de que uma corrida armamentista de IA, se não for controlada, poderia resultar em consequências catastróficas se a sociedade não criar salvaguardas adequadas para lidar com a Inteligência Artificial Geral (AGI) competitiva entre os humanos.