Em uma decisão recente que marca um ponto de virada para a empresa de criptomoedas Gemini, fundada pelos renomados gêmeos Winklevoss, um acordo foi alcançado com o Departamento de Serviços Financeiros (DFS) de Nova York. Este acordo diz respeito ao produto Gemini Earn, cujas operações enfrentaram desafios significativos, atraindo a atenção das autoridades reguladoras.
O cerne deste acordo envolve a Gemini concordando em desembolsar uma multa de 37 milhões de dólares, além de prometer o reembolso integral dos fundos devidos aos seus clientes pelo produto Earn, que somam mais de um bilhão de dólares. Este gesto é parte de um decreto de consentimento que visa compensar os afetados pela instabilidade do serviço oferecido.
“A Gemini falhou em realizar a devida diligência com um terceiro não regulamentado, que mais tarde foi acusado de cometer fraudes em larga escala, afetando negativamente os clientes da Earn que ficaram impossibilitados de acessar seus ativos após o colapso financeiro da Genesis Global Capital”, declarou Adrienne Harris, investigadora da DFS. Essa falha de vigilância contribuiu para as dificuldades enfrentadas pelos investidores, que viram seus ativos se tornarem inacessíveis.
O programa Earn, lançado pela Gemini, uma plataforma primariamente conhecida por suas operações de bolsa, propunha uma oferta tentadora: permitir que os clientes emprestassem suas criptomoedas em troca de retornos de até 13%. A Genesis, parte do Digital Currency Group de Barry Silbert, era a única contraparte neste arranjo.
Entretanto, a situação se complicou quando a Genesis começou a emprestar criptomoedas para entidades como o fundo de hedge Three Arrows Capital e a Alameda Research, afiliada à FTX. O colapso subsequente dessas firmas levou à incapacidade dos clientes do Earn de recuperar seus investimentos em criptomoeda.