- SEC enfrenta críticas sobre regulamentação de criptos.
- Gensler nega conhecimento sobre “Operação Choke Point 2.0”.
- Divisões internas evidentes na gestão da SEC.
Em um debate acalorado diante do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Gary Gensler, enfrentou críticas intensas sobre sua gestão na regulamentação das criptomoedas. Durante a sessão, que durou quase quatro horas, Gensler foi questionado sobre diversos aspectos de sua política, incluindo a suposta existência da “Operação Choke Point 2.0” — uma teoria que sugere um esforço do governo para obstruir o progresso da indústria de criptomoedas nos EUA.
“Nunca ouvi esse termo”, respondeu Gensler com um sorriso, quando o deputado Warren Davidson (R-OH) o indagou se já havia discutido tal operação com o presidente do Federal Reserve a portas fechadas. Esta negação marca um dos momentos mais tensos da reunião, refletindo o crescente ceticismo entre alguns legisladores sobre as políticas da SEC sob sua liderança.
A maioria das críticas veio de membros republicanos, que expressaram descontentamento com o que consideram ser uma abordagem excessivamente agressiva e juridicamente duvidosa por parte de Gensler. “Não poderíamos ter um presidente da SEC mais historicamente destrutivo ou ilegal”, afirmou o deputado Tom Emmer (R-MN), destacando-se entre os críticos durante um dos diálogos mais intensos da sessão.
Por outro lado, a comissária Hester Peirce, uma nomeação republicana, ofereceu uma rara crítica pública à liderança de Gensler. Em suas observações, ela acusou a SEC de adotar “uma visão juridicamente imprecisa para mascarar a falta de clareza regulatória”, especialmente no que diz respeito à classificação de certos criptoativos como títulos.
Em um confronto direto, Peirce questionou a consistência das políticas de Gensler, ao ser perguntada sobre a origem das ações anti-cripto da SEC. “A agenda é a agenda do Presidente”, declarou ela, colocando toda a responsabilidade diretamente nos ombros de Gensler.
Este embate não só destacou as divisões internas na SEC, como também ressaltou o desafio de navegar na regulamentação de um setor tão inovador e em rápida evolução como o das criptomoedas.