Marraquexe, Marrocos, foi palco de um acontecimento impactante no universo das criptomoedas entre os dias 12 e 13 de outubro. Os titãs financeiros do G20, um grupo composto por 19 países soberanos, juntamente com a UE e a União Africana, decidiram aceitar as diretrizes estabelecidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) para a supervisão das criptomoedas.
Nomeado “Documento de síntese do FMI-FSB: Políticas para ativos criptográficos”, esse relatório fora proposto em setembro de 2023. Ele não se limita apenas a ser um amontoado de páginas, mas um guia, um roteiro regulatório a ser seguido na esfera das criptomoedas. O G20, de forma direta, expressou seu desejo de implementar rapidamente as diretrizes do relatório. A ênfase foi colocada na coordenação global e compartilhamento de informações, abrangendo todos os cantos do mundo, não apenas os países membros do G20.
E por que isso é tão relevante para o mundo das criptomoedas? Bem, para começar, essa postura adotada pelo G20 sinaliza uma visão construtiva e aberta em relação ao universo cripto. Em vez de optar por uma proibição total, a intenção parece ser de garantir que a indústria opere de maneira estável e segura.
Entre as medidas propostas, destaca-se a cooperação transfronteiriça entre os reguladores. Isso implica que haverá um esforço conjunto para monitorar e regulamentar a indústria de criptomoedas, independentemente das fronteiras. Adicionalmente, o relatório ressalta a importância das estruturas de governança e gestão de risco para as empresas criptográficas. A ideia é garantir que informações relevantes sejam disponibilizadas pelas empresas cripto às autoridades competentes.
Além disso, uma preocupação latente é o uso indevido de criptomoedas em atividades ilícitas. O G20 apontou a necessidade de empregar normas de combate à lavagem de dinheiro, em consonância com os padrões estabelecidos pelo Grupo de Ação Financeira (GAFI). O objetivo é claramente proteger contra o uso impróprio de ativos digitais em atividades criminosas.
Em uma nota adicional, o FMI lançou um documento intitulado “Avaliação de riscos macrofinanceiros de ativos criptográficos”. Esse trabalho sugere uma matriz para avaliar riscos potenciais no setor cripto, auxiliando os países a identificar possíveis ameaças.
Os olhos agora se voltam para 2025, quando uma revisão das medidas propostas está agendada. Até lá, a indústria cripto aguarda ansiosamente para ver as mudanças e adaptações sugeridas em ação.