Os fundos de investimento em criptomoedas apresentaram saídas líquidas pela primeira vez no período de um mês na semana passada, que totalizaram US$ 528 milhões, segundo o último relatório da CoinShares divulgado, em 5 de agosto.
O relatório destacou que as saídas são uma reação dos investidores aos temores de uma possível recessão nos Estados Unidos, além de preocupações geopolíticas e consequentes liquidações no mercado.
“Produtos de investimento em ativos digitais tiveram saídas pela primeira vez em 4 semanas, totalizando US$ 528 milhões no que acreditamos ser uma reação aos temores de uma recessão nos EUA, preocupações geopolíticas e consequentes liquidações mais amplas do mercado na maioria das classes de ativos”, disse o chefe de pesquisa da CoinShares, James Butterfill.
De acordo com o levantamento, os volumes de negociação totalizaram US$ 14,8 bilhões na semana passada em ETPs. Além disso, a correção de preço do fechamento de sexta-feira, 2 de agosto, registrou US$ 10 bilhões eliminados do total de ETP AuM.
Em um movimento intenso, o Bitcoin experimentou saídas que somaram US$ 400 milhões. Estas foram as primeiras saídas depois de cinco semanas de entradas, enquanto o bitcoin curto obteve as primeiras entradas mensuráveis desde junho, de US$ 1,8 milhão. No momento da publicação, o preço do Bitcoin estava cotado em US$ 50.769,62 com baixa de 17.1% nas últimas 24 horas.
No mesmo sentido, a segunda maior criptomoeda, o Ethereum, teve saídas que totalizaram US$ 146 milhões, elevando suas saídas líquidas desde o lançamento do ETF nos EUA para US$ 430 milhões. “Esses dados mascaram as entradas positivas de US$ 430 milhões na semana passada dos ETFs dos EUA recém-lançados, mas compensadas por saídas de US$ 603 milhões do fundo Grayscale incumbente. Saídas menores também foram vistas em ETPs europeus”.
Cabe destacar que o início de agosto não tem sido positivo para o Bitcoin. O preço do bitcoin e das outras criptomoedas já estavam em baixa durante o primeiro final de semana do mês, mas após a abertura da bolsa do Japão, que iniciou com um circuit breaker devido às decisões do Banco do Japão (BoJ), a situação piorou.