- Primeiro fundo de pensão do Reino Unido investe diretamente em Bitcoin.
- Investimento reflete busca por soluções inovadoras e seguras.
- Estratégia pode inspirar adoção global entre investidores institucionais.
Em um movimento sem precedentes no Reino Unido, um fundo de pensão não revelado, com a assistência da Cartwright, uma consultoria de pensões, alocou 3% de seus ativos, equivalentes a £ 50 milhões (aproximadamente US$ 65 milhões), em Bitcoin. Este investimento direto na criptomoeda ocorreu após extensas consultas que abordaram desde considerações de ESG até questões de segurança e viabilidade de investimento.
“Após longas consultas com os administradores do esquema, onde ESG, caso de investimento e segurança foram todos abordados detalhadamente”, explicou Glenn Cameron, chefe de ativos digitais da Cartwright, ressaltando a meticulosidade do processo que levou à decisão de investimento.
Diferentemente de optar por fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em Bitcoin, o fundo de pensão optou por investir diretamente na criptomoeda. Essa escolha é particularmente notável devido à divisão da chave privada entre cinco instituições diferentes, uma medida de segurança para proteger o investimento.
Sam Roberts, diretor de consultoria de investimentos na Cartwright, defende a decisão de investir em Bitcoin, destacando sua adequação ao horizonte de investimento de 10 anos do fundo. “Os curadores estão cada vez mais buscando soluções inovadoras para proteger seus esquemas do futuro diante dos desafios econômicos”, disse ele. Roberts também prevê que esta estratégia pioneira possa inspirar outros fundos a seguir o mesmo caminho.
“Estamos orgulhosos de ter liderado esse movimento inovador”, declarou Roberts, “que esperamos que seja o início de uma tendência para investidores institucionais no Reino Unido alcançarem seu número crescente de pares e concorrentes ao redor do mundo que já estão aproveitando os atributos exclusivos do Bitcoin.”
A adoção institucional do Bitcoin tem ganhado momentum globalmente, em especial nos Estados Unidos, onde a Securities and Exchange Commission (SEC) aprovou os primeiros ETFs de Bitcoin em janeiro, permitindo aos investidores tradicionais uma forma regulamentada e simplificada de ganhar exposição à criptomoeda.