Casos envolvendo lavagem de dinheiro através de criptos não são novidade. Mas o recente episódio envolvendo Roman Storm, um dos fundadores da Tornado Cash, certamente chamou a atenção no twitter.
Roman foi recentemente liberado sob fiança depois de ser acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) de participar em um esquema que teria lavado a impressionante quantia de US$ 1 bilhão. Uma quantia que, convenhamos, não é pouca coisa.
O que torna este caso particularmente interessante é o argumento da defesa. Brian Klein, o advogado de defesa, aponta que seu cliente foi acusado não por ele próprio ter lavado dinheiro, mas por ajudar a desenvolver o Tornado Cash. Este é um sistema de mistura de moedas, baseado no Ethereum, que auxilia os usuários a ocultarem seus ativos digitais.
Klein destacou sua preocupação com essa acusação, argumentando que isso poderia ter “implicações perigosas para todos os desenvolvedores de software”. Em um mundo digital em rápido crescimento, onde a fronteira entre o desenvolvimento de software e seu uso final pode ser tênue, este caso pode sentar um precedente preocupante.
O DOJ também mencionou que Roman Semenov, outro fundador do Tornado Cash, é acusado de conspirar com o grupo de hackers norte-coreano Lazarus. O procurador-geral Merrick Garland reforçou em um comunicado que, por mais que os criminosos tentem se esconder usando criptomoedas, o DOJ continuará rastreando e responsabilizando-os por seus crimes.
Vale lembrar que em 2022, o Tornado Cash foi sancionado pelos EUA por razões de segurança nacional. Este caso só mostra como a relação entre governos e o mundo das criptomoedas continua em constante evolução.