- Fundação Ethereum adota juros DeFi para gestão de fundos.
- Railgun oferece privacidade com verificação de origem de fundos.
- Possibilidade de bifurcação para maior autonomia em privacidade.
A Fundação Ethereum (EF) protagonizou uma significativa manobra no ecossistema das criptomoedas ao realocar 49.200 ETH em diversas plataformas DeFi. Segundo registros on-chain, a EF distribuiu 4.200 ETH para a Compound, 10.000 para a Aave e 30.800 para a Spark, adicionando posteriormente mais 4.200 ETH à Compound. Essa estratégia surgiu após sugestões da comunidade de que a EF deveria aproveitar os juros DeFi para gerar fundos em vez de promover vendas diretas de ETH.
Esta decisão marca uma mudança estratégica, empregando protocolos DeFi para obter renda passiva sem comprometer a integridade de seus ativos. Em meio à volatilidade dos preços do Ethereum, tal abordagem é vista como uma alternativa para sustentar o financiamento da EF sem afetar a liquidez do mercado.
Vitalik Buterin, cofundador da Ethereum, detalhou o funcionamento do mecanismo de privacidade do Railgun, destacando sua capacidade de evitar o manuseio de fundos de origem ilícita sem a necessidade de vigilância invasiva ou backdoors. Buterin esclareceu: “Qualquer pessoa pode depositar no Railgun e, após um período de uma hora para detecção, algoritmos verificam a possível ligação do depósito com atividades criminosas.” Caso o depósito seja aprovado na triagem, o usuário pode realizar saques de maneira privada usando provas de conhecimento zero (ZKP) após a espera recomendada, visando maior anonimato.
Se a verificação falhar, o usuário tem a opção de retirar os fundos apenas para o endereço de origem, mantendo-os livres de congelamento ou confisco, mas sem os benefícios de anonimato oferecidos pelo pool de privacidade.
Buterin adicionou: “Aqueles que discordam das regras de triagem do Railgun podem optar por bifurcar e estabelecer seu próprio pool de privacidade, embora o anonimato possa ser comprometido sem um amplo suporte público.”