Numa decisão que chamou atenção da comunidade cripto, a exchange de criptomoedas FTX conquistou a permissão para avançar com a venda e o investimento de suas participações em criptomoedas. A autorização foi dada pelo Tribunal de Falências do Distrito de Delaware, estabelecendo um precedente significativo no tratamento de ativos digitais em situações de falência.
Na recente audiência, o juiz John Dorsey validou o pedido da FTX, desconsiderando duas contraposições que desafiavam a decisão. Agora, a FTX tem carta branca para manobrar seus ativos em criptomoedas avaliados em uma impressionante cifra acima de US$ 3,4 bilhões.
A decisão de permitir a FTX se envolver em atividades de venda e investimento em criptomoedas teve o respaldo do comitê de clientes da empresa. Além disso, o comitê de credores salientou a importância de um processo rápido e eficiente. Um ponto de destaque do pedido da FTX é que a empresa acredita que suas ações de hedge e investimento em ativos digitais beneficiariam, em última instância, seus credores. A estratégia visa otimizar o valor dos ativos antes de sua eventual venda, gerando retornos em ativos digitais anteriormente inativos.
Uma peculiaridade levantada durante a audiência foi a capacidade de identificar quem depositou os ativos digitais. A perspectiva da FTX é clara: todos os ativos digitais em questão são propriedades da empresa. Contudo, um detalhe que pode causar alvoroço é que os ativos estão consolidados, tornando-os indistinguíveis por cliente.
Outra revelação fez os olhos do mercado se voltarem à FTX: a empresa detém um total de US$ 1,16 bilhão em solana (SOL) e cerca de US$ 560 milhões em bitcoin (BTC). Além dessas participações notáveis, a FTX também possui uma série de tokens menos líquidos e menos populares.
Para ajudar em sua estratégia, a FTX expressou interesse em contratar Mike Novogratz, da Galaxy Digital, como consultor. Será interessante observar os próximos passos da exchange à luz dessa nova permissão judicial.