A FTX, ex-gigante das criptomoedas agora em processo de falência, pode estar prestes a fechar um acordo substancial com o Internal Revenue Service (IRS) dos Estados Unidos. A proposta de acordo, ainda aguardando aprovação judicial, visa liquidar uma impressionante reivindicação de US$ 24 bilhões por apenas US$ 200 milhões.
A crise na FTX desencadeou-se em novembro de 2022, quando a empresa solicitou proteção contra falência sob o Capítulo 11, após enfrentar uma séria crise de liquidez e acusações de má gestão financeira. No seu auge, a FTX classificava-se como a terceira maior bolsa de criptomoedas do mundo. Contudo, seu colapso revelou deficiências financeiras graves, resultando em uma série de desafios legais.
Originalmente, o IRS havia apresentado reivindicações que totalizavam mais de US$ 44 bilhões contra a FTX, que mais tarde foram ajustadas para US$ 24 bilhões. O acordo proposto significaria que o IRS receberia uma reivindicação prioritária de US$ 200 milhões e uma reivindicação subordinada júnior de US$ 685 milhões, sendo ambas integradas ao plano de reorganização da FTX. Este plano está programado para ser discutido em audiência judicial em 25 de junho.
Durante uma audiência no dia 3 de junho, John J. Ray III, CEO que lidera a reestruturação da FTX, destacou a importância do acordo, afirmando: “Juntos, a partir do desastre financeiro mais desafiador que já vi, os devedores e os seus credores criaram um enorme valor a partir de uma situação que facilmente poderia ter sido uma perda quase total para os clientes.”
O plano de reorganização tem como objetivo principal reembolsar credores e clientes o mais brevemente possível, com a expectativa de que mais de 90% dos ativos sejam devolvidos até meados de 2024. Este acordo não só evita custos de litígio extensivos como também estabelece um caminho claro para os numerosos credores da FTX.
O desdobramento do colapso da FTX afetou várias partes interessadas, desencadeando uma vigilância regulatória mais intensa sobre toda a indústria de criptomoedas. O fundador e ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, enfrenta acusações de fraude, conspiração e lavagem de dinheiro, ligadas ao colapso da plataforma.