- Reforço na regulação do bitcoin urgido pelo FMI.
- Limitação na exposição do setor público a criptomoedas.
- El Salvador segue como pioneiro na adoção legal do bitcoin.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reiterou, nesta terça-feira 3, a necessidade de El Salvador aprimorar a regulação e a supervisão do bitcoin. Durante uma coletiva de imprensa, Julie Kozack, porta-voz do FMI, destacou a importância de reduzir o alcance da lei atual do bitcoin e limitar a exposição do setor público à criptomoeda.
O apelo do FMI não é novo. Em agosto, a organização já havia expressado preocupações semelhantes, mencionando que “embora muitos dos riscos ainda não tenham se materializado, há um reconhecimento conjunto de que esforços adicionais são necessários para aumentar a transparência e mitigar potenciais riscos fiscais e de estabilidade financeira do projeto Bitcoin”. Segundo o FMI, é crucial que discussões continuem sobre este e outros temas relevantes.
Desde que El Salvador adotou o bitcoin como moeda legal em setembro de 2021, tornando-se o primeiro país no mundo a fazer isso, o FMI tem estado atento às implicações dessa decisão. Atualmente, El Salvador possui 5892 BTC, que representam cerca de US$ 345 milhões em valor de mercado.
O presidente Nayib Bukele, por sua vez, tem defendido a iniciativa, descrevendo-a como “positiva”, apesar de reconhecer que a adoção ficou aquém das expectativas iniciais. Em recente apresentação, o FMI elogiou o orçamento proposto por Bukele para 2025, que projeta um país livre de dívidas, destacando um aspecto positivo em meio a discussões regulatórias.