Em um recente pronunciamento na conferência City Week em Londres, a comissária da Commodity Futures Trading Commission (CFTC) dos EUA, Christy Goldsmith Romero, declarou que é preciso pôr fim às transações anônimas de criptomoedas para combater atividades ilícitas e reduzir os riscos à segurança nacional. Segundo Romero, os criminosos têm recorrido às moedas digitais para financiar crimes cibernéticos.
Romero ressaltou que o anonimato é um dos principais atrativos das criptomoedas para financiamento ilícito e que medidas mais rígidas são necessárias, tanto por parte do governo quanto da indústria. A comissária também afirmou que é possível que as empresas de criptomoedas se distanciem de tecnologias que aumentam o anonimato e ainda assim garantam a privacidade financeira dos clientes.
Além disso, o Congresso dos EUA está considerando novas leis para tratar do anonimato em ativos digitais. Recentemente, o país baniu o misturador de criptomoedas Tornado Cash, que facilitava a realização de transações anônimas, alegando preocupações com a segurança nacional.
Enquanto isso, o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) está trabalhando em recomendações globais finais para regulamentações de cripto, que serão emitidas em breve.
Vale lembrar que, apesar da preocupação com o uso de criptomoedas em atividades ilícitas, a lavagem de dinheiro no sistema financeiro tradicional ainda é muito maior. Grandes bancos, como Capital One e Deutsche Bank, foram multados em US$ 2,7 bilhões em 2021 por violações contra lavagem de dinheiro.