- Fed inicia cortes de taxas após quatro anos.
- Novas projeções econômicas serão reveladas.
- Decisões baseadas em dados sustentarão futuros cortes.
Quando o Federal Reserve se reunir nesta quarta-feira 18, um novo capítulo econômico se iniciará com o esperado corte nas taxas de juros, o primeiro em quatro anos. A expectativa é que as taxas sejam reduzidas em 0,25%, ajustando-as para uma nova faixa entre 5,0% e 5,25%. Essa decisão sinaliza o término de uma das mais agressivas campanhas de combate à inflação desde os anos 80.
“Esta é uma grande reunião”, afirmou Esther George, ex-presidente do Fed de Kansas City, ressaltando a antecipação que se acumulava desde o final do último ano. O consenso entre os investidores sobre a extensão desse corte inicial tem variado significativamente, com as probabilidades se dividindo praticamente ao meio entre um corte mais acentuado de 50 pontos-base e um mais modesto de 25 pontos-base.
A redução das taxas ocorre apenas seis semanas antes da eleição presidencial nos EUA, destacando uma posição controversa debatida publicamente por figuras políticas, incluindo o ex-presidente Trump. Essa mudança promete não apenas ser a primeira, mas iniciar uma sequência de cortes que se estenderão até 2025 e 2026, facilitando o acesso ao crédito para americanos e empresas.
As novas projeções do Fed, que serão divulgadas, são altamente antecipadas. Luke Tilley, economista-chefe do Wilmington Trust, projeta que o Fed reduzirá as taxas em 25 pontos-base agora e ainda prevê mais dois cortes de igual magnitude este ano. “A trajetória e a maneira como o Fed comunica suas ações são mais significativas do que os cortes em si”, explicou Tilley, sublinhando a importância das palavras do Fed sobre suas futuras ações.
Além disso, Esther George espera que, ao mínimo, ocorram cortes de 25 pontos-base em cada uma das próximas reuniões até o final do ano. Por outro lado, Chris Waller, governador do Fed, destacou que sua decisão sobre os cortes futuros será fortemente baseada em dados econômicos, estando aberto a cortes maiores se os números justificarem.