O analista da Bloomberg, Mike McGlone, prevê mudanças significativas na política monetária do Federal Reserve, com possíveis cortes nas taxas de juros em resposta às recentes oscilações nas ações dos EUA.
Esse desenvolvimento marca um ponto crucial para o banco central, que navega em um cenário econômico caracterizado pela redução das pressões inflacionárias e pela melhoria nas condições do mercado de trabalho.
McGlone compara a situação atual com ciclos históricos de aumento de taxas, destacando precedentes em que reduções nas taxas seguiram longos períodos de aperto monetário, refletindo potencialmente a trajetória atual.
O presidente do Federal Reserve, Jay Powell, junto com outros funcionários, tem sinalizado prontidão para ajustar a política monetária, citando um melhor controle sobre a inflação e uma abordagem cautelosa para sustentar o crescimento econômico. Dados econômicos recentes reforçam o caso para uma flexibilização, com indicadores apontando para níveis de inflação administráveis e ajustes moderados no mercado de trabalho.
Yeah, the Fed’s gonna cut rates. From 2004-06, the #FederalReserve hiked 425 bps and the surprise index floor came in December 2006. September 2007 marked the first rate cut. July 2023 was the last of 525 bps of rate hikes that started in 1Q22. Sticky #inflation may delay Fed… pic.twitter.com/sYl6xnD214
— Mike McGlone (@mikemcglone11) July 13, 2024
Esse ambiente cria expectativas de que o Fed anuncie um corte de 25 pontos-base na taxa de juros em setembro, com potencial para medidas adicionais dependendo dos indicadores econômicos e dos desenvolvimentos financeiros globais.
O sentimento do mercado reflete uma crescente confiança na capacidade do Fed de seguir um curso equilibrado, com os comerciantes precificando cortes de juros previstos para estimular a atividade econômica e reforçar a estabilidade do mercado. A próxima reunião do Fed será entre os dias 30 e 31 de julho de 2024, quando a nova decisão será divulgada.
A estratégia do Fed visa um “pouso suave”, com o objetivo de conter as pressões inflacionárias sem comprometer os ganhos de emprego, alinhando-se com os esforços globais dos bancos centrais para promover uma recuperação econômica sustentável na era pós-pandemia.