O mundo todo assiste com atenção aos acontecimentos na Ucrânia e na Rússia após tropas russas bombardearem cidades ucranianas instaurando um novo clima de guerra ao redor do planeta. E como um dos efeitos de uma potencial guerra, a crise pode gerar um grande temos no mercado, inclusive o de criptomoedas, que esperava um aumento de taxas do Federal Reserve (Fed) para o mês de março.
Porém, muito usuários de criptomoedas passaram a se questionar se nem mesmo a iminente guerra entre Rússia e Ucrânia faria com que o agência financeira dos Estados Unidos abandonasse os planos de desfazer o estímulo de aumento de liquidez medidas. Isso pode ser um bom presságio para o bitcoin, já que a criptomoeda caiu 40% nos últimos três meses, predominantemente devido aos temores de aumento da taxa do Fed. Contudo, os especialistas não preveem uma reviravolta.
É difícil imaginar o Fed voltando atrás em seus planos de alta em março. Não há dúvida de que as pressões inflacionárias também surgirão de um aumento nos preços das commodities. Rússia e Ucrânia continuam sendo alguns dos maiores exportadores de vários metais preciosos e agricultura”, pontuou Matthew Dibb, COO e cofundador da Stack Funds.
De fato, se por um lado a incerteza geopolítica representa uma ameaça à estabilidade do mercado financeiro e à economia, do outro, por exemplo, pode muito bem se somar às já elevadas pressões inflacionárias em todo o mundo. E o melhor exemplo disso é que o petróleo Brent ultrapassou a marca de US$ 100 pela primeira vez desde 2014, segundo dados fornecidos pela plataforma TradingView.
O analista Alex Kruger afirmou que o petróleo bruto e os grãos alimentícios não representam o núcleo da inflação e o Fed pode ignorar um aumento em seus preços. “É impossível avaliar a resposta do Fed agora e teremos uma ideia assim que as autoridades começarem a falar sobre isso”, disse Kruger.