O Federal Reserve Bank de Boston, ou Boston Fed, escolheu a economista Susan M. Collins, reitora da Universidade de Michigan, para ser a nova presidente e diretora executiva do banco, após o cargo ficar vago desde a aposentadoria de Eric Rosengren em setembro do ano passado.
Collins, que é jamaicana-americana, será a primeira mulher negra na história do Fed a liderar um Federal Reserve Bank, cargo que assumirá em 1º de julho e terá como missão liderar o Fed de Boston, em parceria com a Iniciativa de Moeda Digital do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nas demais etapas do Projeto Hamilton, uma pesquisa que busca desenvolver e testar um projeto hipotético de moeda digital do banco central (CBDC) para os EUA.
Enquanto discente, Collins estudou economia do desenvolvimento, regimes cambiais e desequilíbrios macroeconômicos. Já formada e com carreira ativa, ela não fez declarações públicas relacionadas a CBDCs ou ativos digitais em geral e pouco se sabe sobre suas visões de política monetária. Segundo a Reuters, em uma entrevista de 2019, Collins falou ser a favor do aumento da meta de inflação de 2% do Fed.
Vale lembrar que o Boston Fed é uma das 12 filiais regionais do Federal Reserve, sistema de bancos centrais dos Estados Unidos. E em parceria com o Conselho de Governadores do Fed e o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), os Federal Reserve Banks participam do desenvolvimento da política monetária dos EUA.
O Boston Fed requer uma atenção especial porque seu presidente é um dos cinco líderes regionais de bancos da Reserva que atuam como membros votantes do FOMC, o órgão responsável por definir as taxas de juros.
E como este Fed foi encarregado de liderar o Projeto Hamilton, há uma atenção ainda maior para os usuários de criptomoedas, principalmente após que os resultados da primeira fase sinalizaram positivamente para adoção de um CBDC, porém, ainda há outras etapas a serem concluídas antes de uma posição final.