O cofundador e ex-CEO da BitMEX, Arthur Hayes, revelou que o estado precário dos mercados de ações globais pode levar a uma quebra de criptomoedas no segundo trimestre desse ano, e ele está comprando opções de venda como proteção para essa sua perspectiva.
Em sua última publicação oficial nesta segunda-feira (11), Arthur Hayes afirmou que as criptomoedas estão se movendo em conjunto com as ações de tecnologia dos EUA e a invasão da Ucrânia pela Rússia prejudicará os dois. Embora ele permaneça otimista com os preços das criptomoedas no longo prazo, ele apresenta a visão de que eles estão à beira de um “resultado calamitoso” no curto prazo.
O ex-CEo da BitMEX se baseia na ideia de que, se o Nasdaq 100 cair, ele arrastará as criptomoedas junto com ele, apresentando uma série de gráficos mostrando a correlação entre os mercados tradicionais e as criptomoedas para respaldar sua opinião.
O que torna mais complicado a posição de Hayes é porque ele argumenta que o Nasdaq 100 vai cair, motivado pelo impacto da invasão russa, acreditando que o crescimento global diminuirá com os preços mais altos das commodities, impulsionados pela continuação e possível escalada da guerra, e isso vai prejudicar o preço das ações.
Outro ponto levantado pelo ex-CEO da BitMEX foi que as taxas de juros em queda tendem a sustentar o Nasdaq 100, enquanto o mundo está atualmente vendo taxas de juros mais altas em resposta à inflação.
Hayes se atentou também para o gráfico do Nasdaq 100, dizendo que o índice de tecnologia não saltou para um nível técnico-chave, sugerindo que também pode cair. Ele acredita que a estimativa é de baixa no curto prazo, e que o bitcoin (BTC) pode chegar a US$ 30.000 antes do final de junho, com o Ethereum (ETH) a US$ 2.500.
Para além do bitcoin, Hayes acredita que vem acumulando algumas outras criptomoedas, pois estão a preços muito mais baixos, mas isso não tira sua preocupação por eles caírem mais durante este ano.
Mesmo que algumas dessas moedas já tenham caído 75% em relação ao seu recorde histórico, não acredito que possam escapar da próxima carnificina de criptomoedas”, apontou Hayes.