Promotores federais do sul da Flórida, nos EUA, apreenderam cerca de US$ 34 milhões em criptomoedas de um homem, alegando que ele esteve envolvido em venda de credenciais roubadas na dark web. As autoridades americanas alegaram que este foi um dos maiores confiscos de criptomoedas do país.
O morador da Flórida teria arrecadado milhões de dólares por meio de mais de 100.000 vendas de itens ilícitos e informações de contas online roubadas, como credenciais para Netflix e Uber, em diferentes mercados da dark web, segundo o Departamento de Justiça dos EUA em comunicado na última segunda-feira (04).
As autoridades apreenderam os bens sob uma reclamação de confisco civil, um processo judicial contra a propriedade em vez de uma pessoa. Esse tipo de ação não exige que o suspeito seja condenado para que os bens sejam confiscados. O homem utilizou um misturador de privacidade, também conhecido como tumbler, para ofuscar as transações, o que violava os estatutos de lavagem de dinheiro, segundo a polícia, que ainda encontrou várias carteiras diferentes relacionadas à atividade.
Um misturador de privacidade também foi usado pelo Hydra Market, um mercado russo da dark web, agora extinto, que comercializava principalmente drogas, de acordo com a polícia alemã nesta terça-feira (05), ao saber do caso ocorrido nos EUA.
Não se sabe ao certo ainda quais eram as criptomoedas que estavam de posse do criminoso, mas o montante somava cerca de US$ 34 milhões.
A notícia da apreensão das criptomoedas vem no mesmo dia em que o presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Gary Gensler, reiterou os planos da agência de exercer maior supervisão regulatória no mercado de criptomoedas para proteger os investidores contra fraudes.
Gensler revelou que a SEC e a Commodity Futures Trading Commission (CFTC) trabalharão juntas para supervisionar as operações das plataformas de negociação de ativos digitais.
Essas plataformas de criptografia desempenham papéis semelhantes aos das corretoras regulamentadas tradicionais. Assim, os investidores devem ser protegidos da mesma forma”, observou Gensler.