As autoridades dos Estados Unidos identificaram Dmitry Khoroshev, um cidadão russo, como o principal responsável pela conhecida gangue de ransomware LockBit. Uma recompensa de US$ 10 milhões foi estabelecida por informações que possam levar à sua captura.
Segundo a acusação divulgada, Khoroshev, de 31 anos, é acusado de ter desenvolvido, promovido e gerenciado o software malicioso LockBit, recrutando “afiliados” em fóruns de cibercrime para realizar ataques, que resultaram no pagamento de resgates frequentemente em Bitcoin (BTC).
Khoroshev, que supostamente retinha 20% dos lucros obtidos por seus afiliados, viu o LockBit se transformar em uma das ferramentas de ransomware mais usadas globalmente desde sua criação em 2019 até a recente desativação de sua infraestrutura por um consórcio global de agências de aplicação da lei. Ao longo desse período, estima-se que a rede de afiliados de LockBit tenha atacado cerca de 2.500 vítimas, incluindo 1.800 nos Estados Unidos, e extorquido aproximadamente US$ 500 milhões em resgates.
Os promotores também afirmam que Khoroshev acumulou cerca de US$ 100 milhões em Bitcoins provenientes das operações de LockBit e agora enfrenta uma solicitação das autoridades americanas para o confisco desses ativos ilícitos. Além disso, ele foi sancionado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA, que proíbe qualquer cidadão americano de realizar transações com ele, incluindo futuras vítimas de ataques de ransomware do LockBit.
Em meio a essas acusações, Khoroshev permanece foragido. Em uma entrevista concedida em março ao The Record, ele afirmou que continua operando o LockBit. Além dele, outros cinco membros do grupo foram acusados de participação na operação criminosa, com pelo menos um deles, Mikhail Vasiliev, um cidadão de dupla nacionalidade russo-canadense, já tendo sido sentenciado à prisão.