Um relatório publicado recentemente pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) fez um alerta sobre os perigos das stablecoins. No documento, a Instituição destacou que não há nenhuma garantia dada pelos emissores de stablecoins de eles vão conseguir honrar os pedidos de resgate em qualquer momento.
“Atualmente não há nenhuma garantia de que os emissores de stablecoins possam resgatar integralmente, mediante pedido, as stablecoins dos utilizadores”.
O banco também analisou os diferentes tipos de stablecoins. Isto pode até afetar a estabilidade deste tipo de ativo. Os quatro tipos mencionados foram: lastreadas em moedas fiduciárias; lastreadas em criptomoedas; lastreadas em commodities; e sem nenhum lastro.
“Ao classificar as stablecoins em quatro tipos distintos, mostramos que, embora as stablecoins lastreadas em moeda fiduciária, commodities ou outros criptoativos tenham sido geralmente menos voláteis do que os criptoativos tradicionais”, afirmou o BIS.
Embora os tipos de stablecoins apresentem diferentes níveis de segurança, o documento do BIS ressaltou que todas são perigosas.
Vale lembrar que, recentemente, Michael Barr, alto funcionário do Federal Reserve (Fed), afirmou que as stablecoins precisam ser regulamentadas. A declaração do Vice-presidente de supervisão aconteceu em uma conferência em Washington DC.
BlackRock destaca ‘exposição a riscos de stablecoin’
Em um documento enviado aos reguladores, a gestora de ativos, BlackRock, destacou os riscos relacionados ao ETF de Bitcoin à vista. A gestora citou entre os “Fatores de Risco” uma exposição indireta a stablecoins a exemplo do Tether USD (USDT) e Circle USD (USDC).
“Embora o Trust não invista em stablecoins, ele pode, no entanto, estar exposto aos riscos que as stablecoins representam para o mercado de bitcoin e outros mercados de ativos digitais”, disse em parte do documento.
A BlackRock explicou o conceito de uma stablecoin, bem como, que seu “valor de mercado pode flutuar”, destacando a volatilidade de criptomoedas.