Em um momento em que o mundo observa atentamente a interação entre criptomoedas e grupos militantes, Elizabeth Warren, senadora de Massachusetts, não perdeu tempo em expressar sua preocupação. Recentemente, as manchetes globais vibraram com a notícia de que a criptomoeda teria alimentado um ataque do Hamas a Israel. Foi um cenário que colocou a relação entre criptomoedas e potenciais atividades ilícitas sob um holofote incandescente.
Em 10 de outubro, uma onda de atenção se concentrou em Israel quando suas autoridades congelaram contas de criptomoedas associadas a doações ao Hamas. Isso não era novidade, pois já em 2021, o Financiamento do Terrorismo de Israel apreendeu ativos de criptomoedas que estavam supostamente vinculados a uma campanha de arrecadação de fundos da mesma organização.
Binance, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, estava ativamente colaborando com agências internacionais naquelas apreensões. No entanto, foi Warren, juntamente com um coletivo de mais de 100 legisladores dos EUA, que ampliou o volume da conversa. Eles enviaram uma carta à administração Biden, solicitando uma repressão mais rigorosa ao Hamas e às carteiras de criptomoedas associadas.
Hamas raised millions via crypto in the months leading up to their attack on Israel. @RogerMarshallMD, @RepCasten and I are leading 100+ lawmakers urging the Biden admin to address crypto-financed terrorism.https://t.co/JksREJ3Dgs
— Elizabeth Warren (@SenWarren) October 18, 2023
A carta explicitamente expressava a necessidade de se abordar “os riscos financeiros associados às criptomoedas antes que possam ser usados para financiar futuros eventos trágicos”. Não parando por aí, os legisladores buscaram detalhes sobre o valor total mantido em carteiras controladas pelo Hamas, a proporção de operações do Hamas financiadas via criptomoedas e insights sobre entidades que ajudam no envio e recebimento de criptos para o Hamas e grupos semelhantes.
Alimentando ainda mais a narrativa, em 18 de outubro, o Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções a uma corretora de criptomoedas com sede em Gaza, “Buy Cash Money and Money Transfer Company (Buy Cash)”, após a revelação de uma transação de apenas US$ 2.000 em Bitcoin. Para contextualizar, essa quantia pálida fica em contraste gritante com as somas de centenas de milhões de dólares que supostamente financiam o Hamas.