Desde o dia 16 de março, a estratégia de El Salvador para aumentar suas reservas de Bitcoin tem sido notável. Uma carteira fria, acreditada estar sob controle do governo, tem adicionado consistentemente um Bitcoin ao seu portfólio todos os dias, elevando a reserva do país em 162 Bitcoins até o momento.
Segundo a Arkham Intelligence, empresa de análise de blockchain, a carteira em questão acumula agora um total de 5.851 Bitcoins, cujo valor é estimado em cerca de US$ 356,4 milhões. Essas aquisições são parte de uma política assertiva do presidente Nayib Bukele, que pretende seguir comprando um Bitcoin diariamente até que o preço torne-se proibitivo.
Este processo foi iniciado com uma transferência considerável de 5.689 Bitcoins para uma carteira de armazenamento frio, considerada inicialmente pelo presidente Bukele como o “cofrinho de Bitcoin” do país, avaliada na época em aproximadamente US$ 386 milhões.
A disposição do país para adotar Bitcoin como parte de suas estratégias econômicas vai além, incluindo propostas de usar a criptomoeda em negociações comerciais com a Rússia. Esta sugestão surgiu como um método para contornar sanções econômicas internacionais, dadas as restrições crescentes impostas à Rússia em seu acesso ao dólar americano, moeda oficial de El Salvador desde sua adoção.
Além disso, para fortalecer a transparência em suas operações com Bitcoin, o governo salvadorenho incorporou o uso da ferramenta mempool space, facilitando uma auditoria pública de suas holdings em criptomoedas. Esse passo reflete um esforço para garantir responsabilidade e confiança pública nos investimentos do país no setor.
El Salvador também tem se destacado pela mineração de Bitcoin, explorando a energia geotérmica fornecida pelos vulcões locais, o que reflete a política de sustentabilidade do presidente Bukele. Desde a oficialização do Bitcoin como moeda legal em 2021, o país já minerou 474 Bitcoins, avaliados em aproximadamente US$ 29 milhões.