A Câmara Baixa do Parlamento da Rússia, a Duma do Estado, exigiu que seja feito uma estrutura regulatória sobre as criptomoedas no país, ao invés de impor uma proibição geral aos tokens. As autoridades juntaram-se ao Ministério das Finanças, que já havia pedido anteriormente a legalização das moedas cripto.
O Banco da Central da Rússia, maior instituição bancária do país, havia pedido a proibição total das criptomoedas e adas atividades correlatas do setor, alegando que seria uma facilitação para esquemas pirâmides, que poderiam minar a soberania da política monetária e ameaçar a rede financeira local. Como tal, pediu o governo local para banir de forma geral todos os empreendimentos de criptomoedas em território russo.
Contudo, diversas instituições e o Ministério das Finanças foram contra o pedido, afirmando que uma regulamentação adequada da classe de ativos seria melhor para o país, inclusive com o presidente Vladimir Putin afirmando que a Rússia poderia se beneficiar da indústria e, mais especificamente, do setor de mineração.
Agora, segundo a imprensa local, a Duma do Estado, grupo de trabalho de 50 especialistas do órgão governamental, sugeriu que a Rússia deveria ter uma “regulamentação clara para os ativos digitais”.
Além disso, destacou regras importantes a serem seguidas, como os procedimentos aprimorados de Know Your Customer (KYC), proteção adicional para os investidores e monitoramento se a criptomoeda é empregada em atividades ilícitas. O especialistas da Duma do Estado observaram ainda que já existe legislação semelhante em outros países, e a Rússia não deve ficar para trás.
Além disso, a Duma do Estado de coloca como contra realizar uma ação feita igual à China, que baniu toda e qualquer atividade relacionada ao setor, criando leis rígidas, inclusive, para a impedir que as criptomoedas circulem pelo país.
Na Rússia, um s dos principais defensores das criptomoedas é o ministro das Finanças, Anton Siluanov, que no mês passado argumentou que proibir criptomoedas é o mesmo que proibir a Internet, classificando como “simplesmente impossível”.