O Que São Ações?
Ações são frações do capital social de uma empresa, representando uma parcela da propriedade sobre a mesma. A utilização dos termos “ações” em diferentes contextos pode levar a uma confusão aparente, embora ambos se refiram ao mesmo conceito sob perspectivas distintas. Por exemplo, adquirir 10 ações de uma companhia implica deter uma certa porcentagem da empresa, dependendo do total de ações emitidas.
Como funcionam as Ações?
No processo de formação de uma corporação, os fundadores têm a opção de emitir ações com o objetivo de angariar recursos financeiros. A empresa divide seu capital em várias ações, disponibilizadas a investidores através de entidades como bancos de investimento ou corretores, que subsequente as comercializam a outros investidores, individualmente ou por meio de fundos mútuos e fundos negociados em bolsa (ETFs).
Ser proprietário de ações significa ter uma parte da empresa, e não uma obrigação de dívida. Logo, não existe uma responsabilidade legal por parte da empresa em reembolsar os investidores. Embora algumas corporações optem por recompensar seus acionistas com dividendos, outras preferem reinvestir os lucros na própria empresa, visando seu crescimento e sustentabilidade a longo prazo.
Emissão e Regulação de Ações
O conselho de administração de uma empresa determina o número de ações autorizadas para emissão, conhecidas como ações autorizadas. As ações efetivamente emitidas e vendidas aos acionistas refletem a porcentagem de propriedade. Uma empresa, por exemplo, pode ser autorizada a emitir até 10 milhões de ações, mas optar por liberar apenas 8 milhões ao mercado. A proporção de ações emitidas influencia diretamente na participação de cada acionista na empresa, permitindo-lhes votar em decisões importantes, como alterações no número de ações autorizadas, mediante convenção e consenso.
As ações de companhias abertas ao público são negociadas em bolsas de valores através de uma Oferta Pública Inicial (IPO), um procedimento complexo, regulado e custoso, que envolve etapas de captação de investimento e análise regulatória detalhada.
A emissão e a circulação de ações nos mercados, tanto públicos quanto privados, são rigorosamente reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (Securities and Exchange Commission – SEC). A comercialização de ações no mercado secundário também está sob a supervisão da SEC e da Autoridade Reguladora da Indústria Financeira (Financial Industry Regulatory Authority – FINRA).
Tipos de Ações
É possível para qualquer tipo de empresa emitir ações, porém, as corporações de capital aberto frequentemente categorizam suas ações em distintos tipos.
Ações Ordinárias
A maioria das corporações emite ações ordinárias, as quais conferem aos detentores, conhecidos como acionistas, um direito proporcional sobre os lucros e ativos da empresa. Estas ações oferecem a possibilidade de valorização do capital investido, através de ganhos de capital e distribuição de dividendos.
As ações ordinárias também proporcionam direitos de voto aos acionistas, permitindo-lhes exercer maior influência sobre a gestão da empresa. Esses direitos incluem a eleição de membros do conselho administrativo, decisões sobre a emissão de novos títulos, pagamento de dividendos e outras questões importantes para a empresa. Adicionalmente, essas ações podem conferir direitos de preferência, assegurando aos acionistas a opção de adquirir novas ações e manter sua proporção de propriedade em casos de novas emissões.
Ações Preferenciais
Conhecidas como ações preferenciais, este tipo de ação, embora também divida o capital da empresa em unidades, não costuma conceder direitos de voto nem significativa valorização de mercado. Contudo, oferecem condições pré-definidas para o pagamento de dividendos, o que as torna menos voláteis que as ações ordinárias.
Em situações de liquidação da empresa, as ações preferenciais têm prioridade sobre as ações ordinárias quanto ao reembolso, situando-se apenas atrás dos credores. Esta prioridade minimiza os riscos para os detentores de ações preferenciais em comparação com os acionistas de ações ordinárias.
Conclusão
O universo das ações oferece aos investidores uma variedade de oportunidades para participar do crescimento e do sucesso das empresas. Enquanto as ações ordinárias abrem caminho para o potencial de valorização de capital e permitem uma participação ativa nas decisões empresariais através do direito de voto, as ações preferenciais apresentam uma alternativa com menor volatilidade e pagamentos de dividendos mais previsíveis, embora com menos direitos de governança.
A regulamentação rigorosa por entidades como a SEC e a FINRA assegura um ambiente de negociação justo e transparente, protegendo os interesses dos investidores e mantendo a integridade do mercado. A compreensão das diferenças fundamentais entre as ações ordinárias e preferenciais, juntamente com o conhecimento das leis e regulamentos que regem os mercados de ações, é crucial para qualquer investidor que deseje navegar com sucesso no mundo dos investimentos em ações.
Portanto, seja buscando o crescimento a longo prazo ou a estabilidade dos dividendos, as ações representam ferramentas valiosas para a construção de um portfólio diversificado. Investir em ações exige pesquisa, paciência e uma estratégia bem definida, mas para aqueles dispostos a dedicar o tempo necessário para entender os meandros do mercado, o investimento em ações pode ser uma parte gratificante e lucrativa de seu plano financeiro.
Perguntas Frequentes
O que são ações, de forma simplificada?
Ações são frações do capital de uma empresa, representando uma parcela da propriedade sobre a mesma.
Qual é a distinção entre ação e ações?
Uma ação é a menor unidade do capital de uma empresa, representando uma parte da propriedade, enquanto “ações” refere-se ao conjunto total dessas unidades.
As ações podem ser rentáveis?
As ações ordinárias podem proporcionar retorno financeiro através de valorização de capital e dividendos. As ações preferenciais, por outro lado, geram renda principalmente por meio de pagamentos de dividendos fixos.