Após o tribunal de falências de Nova York aprovar a compra dos ativos da Voyager pela Binance.US, o governo dos Estados Unidos quer interromper a aquisição bilionária.
Um dia após a decisão, o Gabinete do Agente Fiduciário do Departamento de Justiça dos EUA entrou com uma ação de recurso contra a aquisição.
“As coisas precisam ser feitas”, disse o juiz Wiles durante a audiência. “Temos credores que estão à espera e que no meio de toda esta incerteza não têm acesso a bens onde investiram, em alguns casos, as suas poupanças de uma vida, pelo que temos de tomar algumas medidas”, acrescentou.
Além do Departamento de Justiça dos EUA, a Securities and Exchange Commission (SEC) também apresentou objeções sobre a aquisição dos ativos da Voyager pela Binance.US.
Aquisição dos ativos da Voyager Digital
A subsidiária da Binance nos Estados Unidos, a Binance.US, conseguiu uma vitória contra a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA. Mesmo com as objeções do regulador, a exchange conseguiu a aprovação para comprar os ativos da Voyager Digital, conforme informou a Bloomberg, em 7 de março.
Após quatro dias de audiência, o juiz de falências do Distrito Sul de Nova York, Michael Wiles, concedeu a aprovação à Binance.US, ao derrubar os argumentos que foram feitos pela SEC. Em 4 de janeiro, a Securities and Exchange Commission (SEC) registrou uma objeção limitada à proposta de aquisição da Binance.US pelos ativos da Voyager por US$ 1,02 bilhão.
No documento, a SEC questionou a adequação das informações que constam na declaração da Binance.US, principalmente sobre a capacidade em “consumir uma transação dessa magnitude”. Na semana passada, uma equipe da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos Estados Unidos afirmou que acredita que a Binance.US está operando uma bolsa de valores não registrada nos EUA, conforme afirmou um funcionário da Agência.
A SEC também acredita que a venda de tokens VGX através da Voyager Digital chegou a violar as leis federais de valores mobiliários. Em sua alegação, a SEC também destacou que haviam partes do negócio em que violavam as leis federais. No entanto, o magistrado considerou que a objeção da SEC seria “vaga”. Sobre a violação da lei de valores mobiliários, o juiz ressaltou que a Agência não apresentou provas de apoio.