O Tribunal Popular do Distrito de Chaoyang, em Pequim, na China, rejeitou uma ação judicial que buscava indenização para uma empresa de criptografia. A ação foi movida por um de seus clientes que não obteve retorno de seus investimentos na mineração de bitcoin.
A Beijing Phonf Marketing Technology, pleiteadora da ação, havia firmado três acordos com a Zyzc Blockchain Technology em maio de 2019 para a implantação de hardware de mineração em Sichuan, pagando cerca de 10 milhões de yuans (US $ 1,6 milhão) pelo trabalho. Na época, o governo central ainda era tolerante com a mineração de criptografia, enquanto algumas autoridades locais, inclusive na mesma província, permitiam que fazendas de bitcoin utilizassem o excedente de energia hidrelétrica.
A China só passou a proibir as atividades relacionadas à criptografia, como o comércio, em 2017, mas o governo não proibido a mineração até este ano, quando, em maio, o Conselho de Estado decidiu reprimir a indústria após a promessa do presidente Xi Jinping de atingir a neutralidade de carbono nas próximas quatro décadas. Desde então, a ofensiva do governo se espalhou para províncias como Sichuan.
No requerimento, a Beijing Phonf revelou que ganhou 18,35 BTC, no valor de cerca de US$ 904.000, porém, o valor foi abaixo do que em períodos anteriores, então exigiu que a empresa com a qual trabalhava pagasse outros 278,17 BTC de compensação.
No primeiro caso deste tipo, conforme o relatório, o tribunal determinou que os contratos são inválidos, sendo que a decisão foi baseada no que o sistema judiciário da China não pretende reconhecer ou proteger os interesses relacionados às criptomoedas.
Após a rejeição do processo, o Tribunal Distrital de Chaoyang notificou o ramo provincial da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) em Sichuan. Funcionários do plano econômico tomaram medidas para fechar as instalações de mineração restantes envolvidas no caso e visaram outros projetos de para criação de tokens.