Uma das principais exchanges de criptomoedas da Europa, a CurrencyCom, confirmou que sofreu um ataque hacker no último sábado (16), horas depois de anunciar que iria interromper seus serviços na Rússia. No entanto, a empresa assegurou a seus clientes que o ataque foi um fracasso.
O dono da CurrencyCom, Viktor Prokopenya, nascido na Bielorrússia, atribuiu a defesa bem-sucedida às robustas medidas de segurança adotadas pela empresa e acusou a Rússia de ser a responsável pelo ataque.
Segundo a CurrecyCom, o ataque hacker tinha como alvo o sistema de negação de serviço distribuído (DDoS). Porém, nenhuma conta ou dados de clientes foram comprometidos, segundo o comunicado da empresa, seus servidores, incluindo os de backup, não foram afetados durante o incidente.
DDoS refere-se a um tipo de ataque hacker iniciado através de milhões de computadores, bombardeando o site de uma empresa com inúmeras solicitações de travamento do sistema.
Vale lembrar que na semana passada, a corretora de criptomoedas, que agora está sediada em Londres, anunciou intenções de retirar seus negócios da Rússia, interrompendo a abertura de todas as novas contas e suspendendo as operações para os russos residentes no país. A medida é uma resposta à invasão russa à Ucrânia, mas a empresa acredita que a reação de retaliação provavelmente é de responsabilidade da Rússia, já que ocorreu apenas algumas horas após o anúncio.
Prokopenya afirmou estar convencido de que a Rússia é a responsável pelo ataque cibernético, que pretendia paralisar o sistema da bolsa, em comunicado divulgado nesta terça-feira (19).
Você não precisa ser um cientista de foguetes. Já fomos atacados antes, como todas as empresas financeiras, mas o tamanho disso foi incrível: dez vezes mais do que já vimos”, apontou o CEO da CurrencyCom.
Além do ataque hacker, a equipe do call center da empresa afirmou ter recebido “uma torrente de abusos e ameaças de morte”, poucos minutos após a declaração de Prokopenya de suspender as operações na Rússia, um sinal sugerindo que os hackers por trás do ataque estavam de fato associados ao país.