- Reforma aumenta acessibilidade ao mercado de criptos.
- Intermediários de cripto sujeitos a regulamentações estritas.
- Novo regime para stablecoins melhora segurança e flexibilidade.
O governo japonês deu um passo significativo para modernizar sua estrutura regulatória no setor de criptomoedas. Recentemente, foi aprovado um projeto de lei que modifica a Lei de Serviços de Pagamento, estabelecendo novas normas que facilitam a operação de stablecoins e corretoras, visando um mercado mais aberto e seguro.
Esta decisão, proposta pela Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA), visa tornar o ambiente de negociação mais acessível para as empresas sem sacrificar a segurança. A legislação introduz uma categoria inédita de empresas, que podem atuar como intermediárias em transações de criptomoedas sem necessariamente deter os fundos dos usuários, diferenciando-as das corretoras tradicionais.
“Estabelecer uma nova categoria de empresas que servirão como intermediárias em transações de criptomoedas.” Esta mudança elimina a necessidade de tais empresas se registrarem como corretoras de criptomoedas completas, sujeitas a regulamentações mais rigorosas, abrindo caminho para um mercado mais flexível.
Essa inovação regulatória é um convite à competição, incentivando mais entidades a fornecerem serviços relacionados a criptomoedas no Japão. Contudo, mesmo com menos exigências de capital comparadas às corretoras, estas empresas ainda precisarão aderir às normas contra a lavagem de dinheiro, reforçando o compromisso do país com a segurança financeira.
Adicionalmente, o projeto de lei aprimora o regime para as stablecoins. Antes, os emissores de stablecoins no Japão eram obrigados a manter 100% das reservas em contas bancárias. Agora, a nova legislação permite maior flexibilidade, mantendo a exigência de que os ativos de reserva sejam seguros e protegidos, com a FSA apta a intervir em caso de não conformidade.
“Os reguladores que descartaram qualquer risco aos clientes estão por trás dessa mudança.” O país, que já implementou algumas das medidas regulatórias mais severas do mundo após o colapso da Mt. Gox em 2014, reforça ainda mais suas políticas para assegurar que as operações de criptomoedas ocorram dentro de um ambiente controlado e transparente.
Esta regulamentação atualizada fortalece o Japão como um líder global na adoção e regulamentação de criptomoedas, sempre com foco na proteção do investidor. A mudança também afeta positivamente as empresas que funcionam como gateways de pagamento sem processamento direto de fundos, que agora estão submetidas a regulamentações mais estritas de proteção ao consumidor e antilavagem de dinheiro.