Três figuras proeminentes do Partido Democrata nos Estados Unidos, incluindo Elizabeth Warren de Massachusetts, Jacky Rosen de Nevada e John Hickenlooper de Colorado, fizeram um apelo direto ao presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Em uma carta detalhada, os senadores solicitaram uma revisão imediata da taxa de fundos federais, atualmente fixada em 5,5% — o nível mais elevado observado nas últimas duas décadas.
“Escrevemos hoje para instar a Reserva Federal a reduzir a taxa de fundos federais de um máximo de duas décadas de 5,5 por cento,” declararam os senadores no comunicado disponível no HuffPost. Eles argumentam que a persistência dessa alta taxa de juros vem desacelerando a economia sem abordar eficazmente os principais fatores que impulsionam a inflação.
Esta iniciativa ocorre em um momento crítico para os mercados financeiros, que recentemente ajustaram suas expectativas para um corte nas taxas de juro de Setembro, anteriormente previstas para Julho. A mudança nas expectativas teve um impacto direto no desempenho do Bitcoin, cuja cotação foi temporariamente estagnada.
Além disso, os senadores destacaram que o cenário atual de taxas altas tem contribuído para o aumento nos custos de moradia, construção e seguros automotivos. Eles expressaram preocupações de que manter taxas elevadas por um período prolongado pode empurrar a economia para uma recessão, resultando em perda de empregos para milhares de trabalhadores americanos. “Taxas de juros mais altas aumentam os custos de aluguel”, observaram analistas do JPMorgan.
Na missiva, foi sugerido que o Federal Reserve siga o exemplo do Banco Central Europeu (BCE) e reconsidere seu estrito objetivo de inflação de 2%. Recentemente, tanto o BCE quanto o Banco do Canadá ajustaram suas políticas, optando por reduzir suas taxas de juros, diferentemente da postura mais rígida do Federal Reserve.
Os senadores também expressaram preocupação com a possibilidade de que a discrepância entre as políticas monetárias possa fortalecer ainda mais o dólar e gerar condições financeiras mais restritivas, afetando o fluxo de crédito e desacelerando a economia em vários setores.