A Comissão Eleitoral Federal dos Estados Unidos divulgou dados recentes sobre os programas de lobby, que se tornaram praticamente obrigatórios para as corretoras de criptomoedas, especialmente aquelas sediadas no país do Tio Sam.
Como foi o caso no último trimestre, o quarto trimestre de 2021 viu a Coinbase na liderança, com seu programa de lobby interno cresceu para US$ 740 mil, com um adicional de US$ 260 mil em contratos com escritórios de advocacia e lobistas externos. O total somado dos gastos de lobby relatados pela Coinbase atingiu a marca de US$ 1 milhão no mesmo no trimestre, um número nunca antes visto no setor.
Os relatórios de lobby mais recentes da Coinbase indicam um interesse contínuo nesses requisitos de relatórios, que o Tesouro ainda não esclareceu.
Enquanto isso, o Crypto Council for Innovation, uma iniciativa de lobby de alto perfil da Fidelity e da Square (agora Block) ao lado da Coinbase em abril, rescindiu seu último contrato, enquanto, outras principais corretoras de criptomoedas dos EUA também intensificaram suas atividades de lobby.
A BAM Trading Services, entidade corporativa registrada em Delaware para a Binance.US, registrou seus primeiros contratos com lobistas no final de setembro e início de outubro, relatando US$ 60 mil até o terceiro trimestre. Esses números subiram para US$ 180 mil no quarto trimestre, distribuídos entre três empresas.
A FTX US, oficialmente, West Realm Shires Services Inc., confirmou suas primeiras incursões em lobby, registrando dois contratos em janeiro, que eles relataram gastar US$ 50 mil, com a Rich Feuer Anderson e a T Cap Solutions. A T Cap é uma empresa nova de consultoria fundada por Charlie Thornton, ex-assessor de Heath Tarbert durante o tempo em que presidiu a Commodity Futures Trading Commission.
No entanto, nas declarações de lobby da Binance.US nem da FTX.US nomearam suas marcas globais como afiliadas. A Gemini também divulgou seus relatórios sobre suas atividades de lobby, mesmo que elas se estendam ao terceiro trimestre de 2021 e pareçam ter ficado em um único contrato de US$ 60 mil por trimestre com o Sternhell Group, grupo administrado por Alex Sternhell, consultor do Coin Center e ex-funcionário do Comitê Bancário do Senado.