Alguns dias depois da prisão do fundador do Telegram, Pavel Durov, na França, a plataforma está passando por uma nova investigação, desta vez, na Coreia do Sul, de acordo com informações publicadas pela agência de notícias local Yonhap.
Segundo a publicação, a Agência de Polícia Metropolitana de Seul iniciou recentemente uma investigação interna contra o Telegram. A investigação versa sobre acusações de que a plataforma supostamente se envolveu na disseminação de pornografia deepfake.
Ao comentar sobre o assunto, Woo Jong-soo, comandante do Escritório Nacional de Investigação da Coreia do Sul, destacou que a ação acontece após as medidas recentes das autoridades francesas.
“Assim como fez a França, a Agência de Polícia Metropolitana de Seul iniciou uma investigação interna sobre a entidade corporativa do Telegram antes de registrá-la oficialmente”, afirmou Woo, que ainda acrescentou que “as acusações são sobre cumplicidade neste crime”.
Ainda na oportunidade, Woo destacou que há potenciais desafios na investigação. “O Telegram não fornece prontamente dados de investigação, como informações de conta, para nós ou outros órgãos investigativos estaduais, incluindo aqueles nos EUA”.
Pavel Durov CEO do Telegram indiciado por graves crimes na França
Pavel Durov, líder executivo do Telegram, enfrenta um processo judicial complicado na França, onde foi formalmente indiciado por um tribunal local. As acusações contra ele incluem a facilitação de transações ilegais e não cooperação com as autoridades francesas. Essa situação coloca em destaque os crescentes desafios legais que Durov vem encarando no país europeu, em um momento crítico para sua empresa.
As acusações são graves, abrangendo desde cumplicidade na comercialização de entorpecentes até a disseminação de conteúdo de pornografia infantil. Além disso, Durov foi acusado de obstruir o trabalho dos investigadores, aumentando a gravidade de sua posição legal. “Essa investigação não começou da noite para o dia”, revelou um comunicado divulgado no final de agosto. Desde o início de julho, Durov tem sido alvo de escrutínio intenso, culminando em sua prisão e subsequente colocação sob vigilância judicial, restringindo sua liberdade de deixar a França.