Recentemente, relatos de uma transação peculiar que envolveu hackers norte-coreanos, a controversa plataforma de mistura de criptomoedas Tornado Cash e a gigante do gerenciamento de ativos, BlackRock. Segundo informações divulgadas em uma popular rede social X, uma quantia de 1 ETH, equivalente a US$ 3.270, foi transferida para um endereço associado à BlackRock, gerando especulações e debates acalorados na comunidade.
Esse evento destaca os desafios que a BlackRock pode enfrentar, considerando o escrutínio em torno do Tornado Cash e do Grupo Lazarus, este último notório por suas atividades de lavagem de criptomoedas e violações potenciais das regulamentações de combate à lavagem de dinheiro (AML) impostas pelos reguladores dos EUA. Em 2022, o Tornado Cash se viu no meio de um turbilhão legal, acusado pelo Tesouro dos EUA de facilitar atividades criminosas ao lavar mais de US$ 7 bilhões em criptomoedas desde 2019.
North Korea sends their regards pic.twitter.com/vTRlkscPJB
— icebergy ❄️ (@icebergy_) March 20, 2024
Apesar das sanções impostas e das apreensões de plataformas alternativas como o Sinbad.io pelas autoridades dos EUA, acredita-se que os hackers norte-coreanos, associados ao Grupo Lazarus, persistiram em suas operações de lavagem usando o Tornado Cash. A transferência de uma pequena quantia de ETH para a BlackRock introduz um elemento de mistério, levantando questões sobre as intenções por trás dessa ação.
A resposta da BlackRock a essas alegações ainda é aguardada. A empresa é conhecida por sua aderência estrita às regulamentações dos EUA, uma reputação reforçada pela recente aprovação de seu ETF Spot Bitcoin. A presença dos endereços blockchain da BlackRock na transação não necessariamente implica uma colaboração direta com os hackers; ao invés disso, pode ser interpretada como uma tentativa dos mesmos de gerar controvérsia e desviar a atenção.