A Coinbase anunciou recentemente uma reformulação em seu processo de listagem de tokens, buscando soluções mais eficientes e escaláveis para acompanhar o ritmo acelerado do mercado de criptomoedas, que vêm apresentando um crescimento exponencial nos últimos anos, com um número cada vez maior de novos tokens surgindo a cada semana.
Neste sentido, a Coinbase está repensando sua estratégia de listagem de tokens visando lidar com o aumento vertiginoso de novas criptomoedas. Com a criação de cerca de 1 milhão de novos tokens por semana, o modelo anterior de avaliação manual se tornou insustentável. Brian Armstrong, CEO da Coinbase, reconheceu a necessidade de uma mudança no sistema atual, destacando que a avaliação individual de cada token não é mais viável, tanto para a exchange quanto para os reguladores.
Armstrong propôs uma transição do atual sistema de “lista de permissões” para uma abordagem de “lista de bloqueios”. Essa mudança estratégica implica o uso de varreduras automatizadas de dados on-chain e feedback da comunidade para identificar e excluir tokens considerados de alto risco. Ao mesmo tempo, essa nova abordagem visa simplificar o processo de listagem, tornando-o mais ágil e eficiente. A expectativa é que esse modelo permita que os reguladores concentrem seus esforços em ativos realmente prejudiciais, sem se sobrecarregarem com a análise de um volume massivo de novos tokens.
Além da revisão do processo de avaliação de tokens, a Coinbase também tem planos para intensificação de sua integração com as exchanges descentralizadas (DEXs), visando ofertar uma experiência de negociação mais fluida e integrada para os usuários, independentemente de as transações ocorrerem em exchanges centralizadas (CEXs) ou DEXs.
“Precisamos repensar nosso processo de listagem em Coinbase dado que há ~1m tokens por semana sendo criados agora, e crescendo. Problema de alta qualidade para ter, mas avaliar cada um por um não é mais viável. E os reguladores precisam entender que solicitar aprovação para cada um é totalmente inviável neste momento também (eles não podem fazer 1m por semana). Ele precisa passar de uma lista de permissão para uma lista de bloqueio, e utilizar avaliações de clientes/varreduras automatizadas de dados onchain etc. para ajudar os clientes a peneirar. Isso e continuaremos integrando o suporte DEX nativo mais profundamente. Os clientes não devem precisar saber ou se importar se a negociação está acontecendo em um DEX ou CEX”, escreveu.
Essa reformulação na estratégia da Coinbase representa um marco importante para o mercado de criptomoedas. Ao adotar uma abordagem mais automatizada e integrada, a exchange busca se adaptar à velocidade do mercado, garantindo a segurança e a eficiência das operações. A integração com as DEXs também sinaliza uma abertura para o ecossistema descentralizado, buscando oferecer mais opções e flexibilidade para os usuários.