A Coinbase, corretora de criptomoedas, está divulgando os resultados do quarto trimestre nesta quinta-feira (24), revelando à Wall Street exatamente como a empresa conseguiu superar a recente queda nos preços do bitcoin e se a atual incerteza macro pressionará o preço de suas ações.
As baixas apresentadas no mercado de criptomoedas levou empresas como a Coinbase a negociarem mais de 30% no acumulado do ano. Ela, claro, não é a única vítima do cenário atual do mercado, sustentado por preocupações com a inflação crescente e, nos últimos dias, a escalada do conflito militar na Ucrânia, resultando na invasão ao país.
Uma ampla gama de ações expostas às criptomoedas caíram acentuadamente ao longo do quarto trimestre, incluindo a MicroStrategy, Square (agora Block) e a Silvergate. Além da Coinbase, a Block também está divulgando sue ganhos ao logo desta quinta-feira.
Os volumes de negociação provavelmente caíram acentuadamente em relação ao trimestre anterior, assim como os volumes diários de câmbio, que caíram de cerca de US$ 45 bilhões em meados de novembro para US$ 25 bilhões no final do trimestre, segundo dados da The Block Research.
O preço provavelmente será um foco do relatório da Coinbase também. De fato, Owen Lau, analista da Oppenheimer, disse que o preço do bitcoin é a principal preocupação para as ações. “Fundamentalmente falando, não acho que eles deveriam estar negociando de mãos dadas, mas na realidade estão”, disse Lau.
Analisando o mercado, realmente, a Coinbase teve um desempenho pior que o bitcoin, pois ambos caíram nos últimos três meses. Mesmo assim, apesar da dificuldade enfrentada pela Coinbase, Wall Street continua otimista em relação às suas ações. O preço-alvo médio dos analistas de Wall Street que cobrem as ações era de US$ 358 em 22 de fevereiro, acima do preço das ações de US$ 209. Ao mesmo tempo, as recomendações de compra superam em muito as recomendações de retenção e venda.