A Coinbase, uma das principais exchanges de criptomoedas, está notificando seus clientes sobre uma intimação recebida da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos (CFTC). Essa intimação, conforme divulgado por usuários em plataformas de mídia social, visa obter informações sobre a exchange de criptomoedas Bybit.
A comunicação da Coinbase sugere que a CFTC está intensificando seus esforços para supervisionar o mercado de criptomoedas. Clientes da Coinbase que também utilizaram os serviços da Bybit parecem ser o foco principal dessa intimação. A Coinbase informou que poderá fornecer dados sobre contas de usuários e atividades de transação à CFTC, a menos que a ordem seja contestada e revertida em tribunal até o final de novembro.
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A Bybit, com sede em Dubai, já havia declarado que não oferece serviços nos Estados Unidos. No entanto, há relatos que pode se ter acesso à plataforma nos EUA através de redes privadas virtuais (VPNs). A exchange recentemente comemorou o marco de alcançar 20 milhões de usuários e se descreveu como uma das “top três exchanges de criptomoedas”.
Bybit enfrenta escrutínio regulatório apesar de reforçar conformidade
Em termos de conformidade regulatória, a Bybit tem se esforçado para melhorar sua gestão de riscos e aderência às normas de Anti-Lavagem de Dinheiro (AML). A empresa obteve licenças nos Emirados Árabes Unidos, Cazaquistão e Chipre. Em julho de 2021, a Bybit anunciou a implementação do processo de verificação Know Your Customer (KYC), com diretrizes detalhadas fornecidas aos seus clientes em setembro de 2022.
Além disso, a Bybit decidiu deixar o mercado do Reino Unido em outubro, em resposta às novas regulamentações impostas pela Autoridade de Conduta Financeira do país. Em agosto, a exchange também removeu dois bancos russos sancionados de sua lista de pagamentos.
Coinbase notifica clientes sobre intimação da CFTC relacionada à Bybit
A CFTC, por sua vez, tem se posicionado como a principal agência reguladora no espaço de criptomoedas. No ano fiscal de 2023, a agência instaurou 47 processos no setor de ativos digitais, representando 49% dos casos arquivados. Entre esses casos, destacam-se processos contra grandes nomes como FTX, Celsius, Stephen Ehrlich (CEO da Voyager Digital) e Binance.
Este desenvolvimento é um indicativo do crescente escrutínio regulatório no mercado de criptomoedas, evidenciando a necessidade de transparência e conformidade por parte das exchanges e de seus usuários.