- USDC agora convertido diretamente em BRL e MXN.
- Circle expande integração bancária global para criptomoedas.
- Criticas enfrentadas pela Circle na gestão de crises.
A expansão internacional da stablecoin USDC ganhou um novo capítulo com a recente integração nos sistemas bancários do Brasil e do México. A Circle, responsável pela emissão da USDC, anunciou que a moeda digital agora pode ser convertida diretamente em reais e pesos mexicanos através dos sistemas de pagamento locais PIX e SPEI, respectivamente. Essa iniciativa marca um passo significativo na fusão das criptomoedas com as finanças tradicionais, proporcionando uma alternativa econômica para transações e remessas internacionais.
Jeremy Allaire, CEO da Circle, destacou a importância desta integração em um comunicado no X, afirmando: “Hoje, anunciamos a disponibilidade de serviços bancários e de cunhagem/resgate de USDC nativos no Brasil e no México, com trilhos 24/7 (PIX e SPEI) e usando moedas locais. Isso faz parte da nossa contínua expansão global de infraestrutura bancária para USDC.”
A novidade promete facilitar e baratear as liquidações e transações transfronteiriças, eliminando a necessidade de conversão prévia para o dólar americano. Esta mudança é estratégica, visando capitalizar o alto volume de transações em dólares nos mercados mexicano e brasileiro, onde os Estados Unidos se destacam como um parceiro comercial significativo.
Além disso, o recente anúncio da integração do USDC com a rede blockchain SUI Network evidencia o esforço contínuo da Circle em expandir sua presença em várias redes, prometendo transações ainda mais rápidas e com custos reduzidos. Esta expansão ocorre em um momento onde a adesão às stablecoins tem crescido mundialmente, com destaque para o Tether USDT, que viu seu fornecimento aumentar substancialmente nos últimos anos.
No entanto, a Circle enfrenta desafios, incluindo críticas por sua demora em reagir a hacks e fraudes no ecossistema de criptomoedas. O detetive on-chain ZachXBT criticou a empresa por sua resposta lenta em casos de exploração e hacks, exemplificando com o caso do grupo Lazarus, e apontou a falta de suporte para usuários que transferem USDC por engano para endereços de contrato errados.
Essas questões contrastam com a postura da Tether, que implementou um processo de recuperação e tem sido mais proativa na assistência aos usuários. Esse atendimento diferenciado pode ser um dos fatores que contribuem para o crescimento da adoção do USDT em comparação ao USDC.