A China intensifica suas iniciativas no campo das criptomoedas e tecnologia blockchain. O Ministério da Ciência e Tecnologia da China, liderado por Yin Hejun, declarou recentemente um aumento significativo no suporte ao desenvolvimento da indústria Web3. Esta notícia chega como um contraste à postura anterior da China em relação às criptomoedas e sinaliza uma nova era de inovação digital no país.
Yin Hejun, em sua resposta à proposta do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CPPCC), destacou a importância de fortalecer o apoio aos recursos de pesquisa e desenvolvimento na tecnologia Web3. A resposta sublinha a necessidade de aprimorar a supervisão, incentivar a cooperação internacional, e fortalecer a divulgação e promoção dessas tecnologias. O reconhecimento da base industrial sólida da China e seu vasto potencial para desenvolvimento Web3 revelam um plano bem elaborado, abrangendo desde o apoio político até aplicações práticas.
O que a China promete para o futuro?
O documento citado por Yin Hejun ressalta a implementação de diretrizes oficiais sobre tecnologia blockchain e projetos piloto que exploram variados usos, desde o financiamento comercial até a propriedade intelectual. Grandes empresas de tecnologia chinesas como Ant Group, Baidu e Huawei desempenham um papel fundamental neste ecossistema, demonstrando a sinergia entre as corporações e o setor público.
Um dos pontos mais notáveis é a mobilização de mais de 50.000 desenvolvedores para trabalhar com a blockchain apoiada pelo Estado, conhecida como Chang’an Chain. Este número expressivo evidencia a escala e a seriedade do comprometimento da China com essa área. Além disso, políticas e padrões foram estabelecidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, junto com outros órgãos governamentais, para acelerar a adoção do blockchain. Programas locais em cidades como Pequim e Xangai também são focados em cultivar a inovação na Web3.
Por que isso é importante?
A nova direção tomada pela China em relação às tecnologias Web3 marca uma mudança significativa de sua política anterior de proibição de criptomoedas e repressão às operações de mineração. Contudo, ainda existem preocupações em relação ao yuan digital, a moeda digital do banco central chinês. Apesar de ser um mecanismo de pagamento avançado, ele permite um nível de vigilância e controle pelas autoridades que não tem precedentes.
A China, reconhecida por sua capacidade de rápida adaptação e inovação, parece estar alavancando seu potencial tecnológico na blockchain. Desse modo, a gigante vermelha se posiciona como uma líder global na esfera das criptomoedas e ainda mais da tecnologia. Essa iniciativa não apenas estimula o desenvolvimento tecnológico interno, mas também pode ter um impacto significativo no cenário global das criptomoedas.