O líder da Wintermute, Evgeny Gaevoy, recentemente expressou preocupações significativas sobre o destino do Ethereum (ETH), esclarecendo que um possível fracasso da criptomoeda não estaria ligado à eficiência de seus competidores, como a Solana, que é conhecida por sua rapidez.
Conforme Gaevoy, o verdadeiro perigo para o Ethereum não advém da competição direta, mas sim das divergências ideológicas profundas dentro de sua própria comunidade. Destacou que o blockchain tem um potencial notável para sustentar sistemas altamente capitalistas, movidos por incentivos claros e robustos. No entanto, observa uma tensão crescente entre membros influentes da comunidade Ethereum, incluindo figuras como Vitalik Buterin e Hayden Adams, que parecem buscar uma reforma do próprio capitalismo.
Essas lideranças argumentam que a verdadeira valorização das criações dentro do Ethereum deveria ser medida pela nobreza dos objetivos, como melhorias na saúde pública, desenvolvimento de software livre e contribuições artísticas que beneficiam a sociedade. “Se o objetivo vale a pena” torna-se um critério para justificar o valor do que é construído, segundo Gaevoy.
[𝕏] #Wintermute CEO Evgeny Gaevoy stated that if $ETH fails, it won't be due to #Solana being faster, but because the #ETH "elite" are stuck in a contradiction, trying to merge capitalism with planned socialism pic.twitter.com/2yfoBSmJnK
— BecauseBitcoin.com (@BecauseBitcoin) June 9, 2024
Ainda mais, Gaevoy ressaltou que há uma crença entre esses líderes de que os melhores empreendedores são aqueles movidos por um desejo de impactar positivamente a sociedade. Ele pontua, no entanto, que existe um paradoxo nessa visão: “Você estabelecerá o capitalismo ou o socialismo planejado. Sinto muito, mas você não pode ter as duas coisas.” Essa tentativa de mesclar dois sistemas econômicos tão distintos na mesma plataforma pode, segundo ele, levar ao colapso do Ethereum.
Este cenário proposto por Gaevoy ilustra um desafio fundamental no coração das criptomoedas: como conciliar ideais econômicos divergentes numa tecnologia que promete descentralizar e democratizar as finanças.