O CEO da Paxos, Charles Cascarilla, comentou que não acredita que o Bitcoin se tornará uma forma de pagamento amplamente aceita, pelo menos não pelos próximos anos.
Em entrevista concedida à CNBC na última quarta-feira (19), o cofundador da Paxos disse também que haverá muitas mudanças no apetite institucional em 2022.
A quantidade de interesse e a quantidade de adoção mainstream que vejo chegando são enormes”, disse Cascarilla, que afirmou que as mudanças no preço não equivalem a mudanças nos fundamentos.
Para o mandatário da Paxos, não deveremos ver mais ativos de criptografia como Bitcoin ou Dogecoin sendo usados como pagamentos, afirmando que a maioria das pessoas querem dólares e buscam fazer os pagamentos na moeda norte-americana.
Cascarilla comentou que o dinheiro é um produto, e simplesmente não evoluiu rápido o suficiente com a forma como nossas vidas mudaram, acrescentando que essa narrativa é o motivo pelo qual o uso de stablecoins aumentou no ano passado. A capitalização de mercado total para os tokens foi de cerca de US$ 173 bilhões, um aumento de mais de 400% em relação ao ano anterior.
Para o CEO da Paxos, os ativos criptográficos são principalmente especuladores e provavelmente não serão usados como pagamentos, mas que possam usar os bitcoins para vê-los sendo valorizados no mercado.
As pessoas querem usar Bitcoin e Dogecoin para comprar coisas? Não tenho certeza, acho que muito disso é possuir um ativo que vai subir… não é realmente dinheiro hoje, dólares são dinheiro”, apontou.
Cascarilla disse que 2022 pode ser o ano em que as stablecoins atreladas ao dólar serão regulamentadas e usadas para comprar bens e serviços cotidianos, sugerindo que é “provavelmente improvável” que o BTC seja usado da mesma maneira.
Mesmo sendo considerada pequena entre os stablecoins, a Paxos é classificada em nono com cerca de 1 bilhão em circulação, dando a ela uma participação de mercado de stablecoin de 0,6, muito distante da Tether, líder do setor, com cerca de 45% de domínio.
Mas ambas veem com muito positivismo o mercado de stablecoins, após vários bancos dos EUA formarem um consórcio para criar suas próprias stablecoins USDF e fazer esse mercado crescer ainda mais.