O CEO da corretora de criptomoedas Cryptsy, Paul E. Vernon, foi indiciado nos EUA por 17 acusações de crimes, entre elas evasão fiscal, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro, fraude de computador, adulteração de registros, documentos e outros objetos, além da destruição de registros que serviriam na investigação federal.
Paul E. Vernon é fundador, operador e diretor executivo (CEO) da Project Investors Inc., que atua como Cryptsy, e, segundo o documento, são violações criminais por seu envolvimento em um sofisticado esquema de roubo envolvendo sua corretora de criptomoedas.
As acusações incluem evasão fiscal, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro, fraude de computador, adulteração de registros, documentos e outros objetos, assim como destruição de evidências durante uma investigação federal”, apontava o comunicado liberado pela Polícia.
De acordo com a acusação, Vernon solicitou aos investidores que armazenassem e negociassem criptomoedas na plataforma Cryptsy. Porém, entre maio de 2013 e maio de 2015, ele usou seu controle sobre as contas da Cryptsy, conhecidas como carteiras, para roubar mais de um milhão de dólares das carteiras de criptomoedas da corretora.
Após isso, então, ele depositou os fundos roubados em sua carteira criptográfica pessoal, e posteriormente transferiu para sua conta bancária pessoal.
Em julho de 2014, Vernon chegou a dizer para seus funcionários que a Cryptsy havia sido alvo de uma ataque hacker e mais de cinco milhões de dólares em bitcoin e outras criptomoedas haviam sido roubados. Mesmo assim, a plataforma continuou funcionando normalmente durante seis meses, obtendo novos clientes, sem citar qualquer problema de segurança.
Em novembro de 2015, Vernon se mudou para a China e expôs aos clientes da Cryptsy sobre o hack de 2014 e a perda de bitcoins e outras criptomoedas. Mas aquela altura, o Departamento de Justiça já tinha observado que, a Cryptsy estava em liquidação.
Vernon invadiu os servidores Cryptsy de um local remoto, roubou o banco de dados do Cryptsy, contendo os fundos dos clientes e destruiu o banco de dados para ocultar sua atividade ilícita”, afirmou a Justiça.
Além disso, a acusação alega que Vernon tentou evadir suas obrigações de imposto de renda federal entre 2014 e 2015.