A Agência de Monitoramento Financeiro do Cazaquistão anunciou hoje (15) que 55 fazendas de mineração ilegais de Bitcoin (BTC) “pararam voluntariamente suas operações” após uma campanha de fiscalização do órgão, e outras 51 fazendas “foram encerradas”, segundo a agência.
A operação de fiscalização visava mineração ilegal de bitcoins que comprometeram a rede de energia do país. A Agência pediu o desenvolvimento de um marco regulatório que seja claro para a mineração de criptomoedas. De acordo com o comunicado, não apenas todos os operadores visados encerraram o processo de mineração, como também desmontaram as plataformas e as removeram dos locais.
O comunicado do órgão regulador cazaque mencionou uma série de grandes negócios que estavam supostamente ligados à atividade ilegal de mineração bitcoin. Entre eles, estavam um ex-presidente da empresa estatal de gás (a Qazaqgaz), um ex-chefe do departamento de crimes de drogas da polícia nacional e a 17ª pessoa mais rica do país.
De acordo coma agência, essas operações foram consideradas ilegais porque não informaram os aos órgãos competentes sobre sua atividade, ligando ilegalmente à rede e/ou evadindo pagamentos de impostos e alfandegários. Parte da energia utilizada pelos operadores ilegais deveria ter sido destinada à produção industrial comum.
A agência cazaque apreendeu mais de 67 mil equipamentos no valor de cerca de US$ 190 milhões e abriu 25 processos criminais. O consumo diário de energia no país teria caído cerca de 600 MWh após a operação de fiscalização.
Essa não é a primeira operação do tipo no Cazaquistão, já que o país, um dos mais importantes na mineração bitcoin, vem intensificando seus esforços para reduzir o consumo de energia que a mineração ilegal de criptomoedas vem colocando em sua rede. Em agosto do ano passado, o país abrigava mais de 18% da taxa de hash global do BTC , e em fevereiro de 2022 o Ministério da Energia anunciou sua estratégia para identificar e desconectar da rede fazendas de mineração ilegais.