Cathie Wood, a renomada CEO da Ark Invest, trouxe uma perspectiva otimista para o futuro do Bitcoin (BTC). Ela prevê que a criptomoeda mais conhecida do mundo poderá alcançar o valor de US$ 1,5 milhão até 2030, um cenário que ela descreve como “caso otimista” da sua empresa.
Essa projeção foi compartilhada por Wood durante uma entrevista à CNBC em 11 de janeiro, um dia marcante para o Bitcoin com o início das negociações dos ETFs Bitcoin à vista, logo após a aprovação da SEC em 10 de janeiro. A introdução desses ETFs, que possibilitam aos investidores adquirir ações com representação do Bitcoin, é vista como um grande avanço para a aceitação generalizada da criptomoeda.
Wood acredita firmemente que a aprovação dos ETFs Bitcoin pela SEC eleva consideravelmente as chances de um cenário de alta para o Bitcoin. Esta aprovação é um passo crucial em direção à adoção generalizada deste ativo digital, reforçando a confiança dos investidores.
Para além do seu cenário otimista, Wood também ofereceu uma estimativa mais conservadora para o valor futuro do Bitcoin. Ela coloca um preço-alvo de aproximadamente US$ 600.000 até 2030. Isso equivaleria a um valor de mercado de mais de US$ 10 trilhões, um aumento significativo em comparação com sua capitalização de mercado atual de quase 1 trilhão de dólares. Para atingir o patamar de US$ 1,5 milhão por Bitcoin, a capitalização de mercado teria que expandir para cerca de US$ 31 trilhões.
ETFs Bitcoin aumentam chances de adoção e valorização, segundo Wood
Este cenário ambicioso não tem base apenas em especulações. Um relatório de 2021 da McKinsey & Company mostrou que os ativos globais cresceram de 440 bilhões de dólares em 2000 para 1.540 bilhões de dólares em 2020. Assim, o Bitcoin precisaria captar menos de 3% dos ativos globais para alcançar o valor de US$ 1,5 milhões por moeda.
Wood sustenta sua confiança no Bitcoin por considerá-lo um porto seguro, principalmente devido à sua proteção contra formas diretas e indiretas de confisco de riqueza. Ela destaca a resposta do Bitcoin à recente crise bancária regional nos EUA. Ela cita que experimentou uma recuperação notável de US$ 19.000 para US$ 30.000, como um sinal de confiança dos investidores no ativo.
A oferta limitada do Bitcoin é outro fator crucial que Wood cita em sua defesa contra a inflação, tornando-o um ativo único no mundo financeiro. Sua resistência à inflação, juntamente com seu potencial como cobertura em cenários deflacionários, posiciona o Bitcoin como uma ferramenta financeira versátil.
Essas previsões de Wood refletem um sentimento compartilhado por muitos especialistas do setor. Tom Lee, sócio-gerente da Fundstrat, também previu que o Bitcoin poderá alcançar US$ 500.000 nos próximos anos. No entanto, Arthur Hayes aponta para uma trajetória rumo a US$ 1 milhão por moeda neste ciclo.