- Brasil lidera blockchain no BRICS.
- Stablecoins facilitam comércio transfronteiriço.
- Drex avança pagamentos tokenizados.
À medida que o Brasil se prepara para assumir a presidência do BRICS em 2025, o governo brasileiro avança com propostas inovadoras no campo financeiro, focando na tecnologia blockchain para aprimorar as transações comerciais entre os países membros. A abordagem brasileira distingue-se por não sugerir uma nova moeda comum entre os BRICS, mas sim por promover o uso de stablecoins e ativos tokenizados, visando uma maior eficiência nas transações mantendo a soberania econômica de cada nação.
Segundo relatórios do Valor Econômico, ao invés de criar uma moeda para competir com o dólar americano, o Brasil vê nas criptomoedas uma oportunidade para otimizar as liquidações financeiras através de ativos digitais. Este movimento está alinhado com a tendência global de incorporação de soluções blockchain aos sistemas financeiros tradicionais, mostrando um claro interesse do Brasil em liderar esse avanço tecnológico no bloco.
O projeto Drex, desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, é um dos pilares desta proposta. Projetado para facilitar transações financeiras tokenizadas, especialmente transfronteiriças, o Drex poderá enfrentar desafios regulatórios devido à sua natureza inovadora. Caso a implementação do blockchain apresente obstáculos, o Brasil já considera alternativas como o Pix, sistema de pagamentos instantâneos que poderia ser adaptado para uso entre os países do BRICS.
Além disso, o papel das stablecoins nas relações internacionais ganha destaque, conforme revelado em discussões anteriores do BRICS. Um exemplo recente da adoção desses ativos digitais ocorreu quando empresas petrolíferas russas começaram a utilizar criptomoedas e stablecoins para facilitar o comércio de petróleo, convertendo moedas como o yuan chinês e a rupia indiana em rublos. Este cenário demonstra o crescente interesse e confiança no uso de ativos digitais nas transações internacionais.
Ao integrar criptomoedas e blockchain em suas estratégias financeiras, o Brasil pode estar definindo um novo rumo para o comércio global e a dinâmica econômica entre os países do BRICS, com potencial para influenciar positivamente o sistema financeiro internacional.