Em uma decisão que pode transformar o panorama fiscal do mercado de criptomoedas no Brasil, o Senado aprovou uma nova regulamentação tributária para ganhos com criptomoedas mantidas em bolsas internacionais. Agora, aguardando a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, essa legislação propõe um imposto de 15% sobre ganhos superiores a US$ 1.200 provenientes de bolsas estrangeiras e fundos de investimento com um único acionista.
Esta medida busca alinhar as políticas fiscais brasileiras com as tendências globais e, segundo estimativas, pode gerar uma receita significativa para o país. Se sancionada, a lei visa arrecadar aproximadamente US$ 4 bilhões, marcando um marco na gestão fiscal brasileira em relação às moedas digitais.
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Legislação visa alinhar Brasil com tendências globais de tributação de criptomoedas
A nova regulamentação, que tem previsão de entrar em vigor a partir de 1º de janeiro, coloca o Brasil na vanguarda das mudanças na tributação de ativos digitais. A lei destina-se a brasileiros que obtêm ganhos acima de US$ 1.200 de bolsas estrangeiras e fundos de investimento de acionistas únicos. Essa abordagem visa capturar uma parcela dos lucros obtidos no crescente mercado de criptomoedas, o que reflete uma tendência global de maior regulamentação desse setor.
A mudança legislativa tem sido objeto de debates intensos entre os políticos brasileiros. O senador Rogério Marinho criticou o governo, alegando que o imposto é uma resposta à má gestão fiscal. Contudo, a legislação, se sancionada, será um passo significativo na integração da criptomoeda na economia formal do Brasil.
Medida pode gerar receita significativa e impactar o mercado de criptomoedas
Esta política tributária faz parte de uma estratégia mais ampla do governo Lula para aumentar a arrecadação pública. A partir de 1º de janeiro de 2024, os rendimentos de investimentos financeiros no exterior obtidos por residentes brasileiros estarão sujeitos a impostos. Rendimentos de até 6.000 reais (cerca de US$ 1.203) estarão isentos, enquanto os que ultrapassarem esse valor, mas forem inferiores a 50 mil reais, serão taxados em 15%. Ganancias que excedam 50 mil reais sofrerão uma tributação de 22,5%.
Além disso, o Ministério da Fazenda estima que a nova abordagem tributária pode gerar cerca de 3,2 bilhões de reais (aproximadamente US$ 641 milhões) em 2023, com expectativas de aumento nos anos seguintes.
Assim, esta decisão representa uma nova fase na relação do Brasil com os ativos digitais. Isso reconhece a necessidade de integrar essas novas formas de riqueza na estrutura econômica nacional. O impacto dessa política nos investidores brasileiros de criptomoedas e no mercado ainda parece incerto. Porém, essa ação marca um momento significativo na intersecção entre criptomoedas e regulamentação governamental.