A Polícia Federal do Brasil, com o auxílio da Receita Federal do Brasil, deu início à última etapa da Operação Colosso, uma investigação de quatro anos. Mais de 100 mandados judiciais foram cumpridos em seis exchanges de criptomoedas, quatro operadores de forex e agentes de arbitragem acusados de auxiliar em atividades de lavagem de dinheiro.
A previsão é de que 130 policiais federais tenham participado da Operação Colosso, entregando dois mandados de prisão e 37 mandados de busca e apreensão em quatro estados brasileiros: Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo e Santa Catarina. A iniciativa também contou com a participação de 28 policiais do fisco brasileiro.
Os criminosos são acusados de usar ativos Bitcoin para lavar dinheiro por meio de um mecanismo de remessa. De acordo com um comunicado da Polícia Federal, cerca de US$ 391 milhões foram transferidos durante atividades de câmbio suspeitas. De acordo com a Polícia Federal:
“Tais recursos entravam e circulavam pelo sistema financeiro oficial, por meio de empresas de fachada, sem capacidade econômico-financeira, e passavam por contas de trânsito até sua conversão em criptoativos que poderiam ser utilizados no exterior.”
As investigações foram motivadas por um relatório emitido pela Inteligência Financeira do Brasil, que descobriu atividades bancárias questionáveis associadas ao comércio de criptoativos. Os supostos crimes ocorreram entre 2017 e 2021, mas a polícia do país diz que ainda estão em andamento.