- Bitcoin como refúgio em crises geopolíticas
- Proteção contra desvalorização do dólar
- Bitcoin: baixa correlação com ativos tradicionais
Após o sucesso retumbante de seu ETF de bitcoin à vista, a gigante BlackRock lançou um detalhado artigo elucidativo sobre a distinta posição da criptomoeda no espectro dos ativos. Com uma capitalização de mercado que ultrapassa a marca de US$ 1 trilhão, o ETF de bitcoin da BlackRock, inaugurado no começo do ano, arrecadou uma gestão de ativos superior a US$ 21 bilhões, posicionando-se como um dos ETFs mais bem-sucedidos da história.
O recém-publicado whitepaper de nove páginas pela BlackRock explora as razões pelas quais o bitcoin serve não somente como um diversificador ímpar, mas também como um ativo complexo de se avaliar quando comparado aos ativos tradicionais. Segundo a análise, as correlações do bitcoin com as ações dos EUA ou com as taxas de juros do dólar americano são efêmeras.
A BlackRock pontua que, apesar das oscilações no desempenho do bitcoin e das dificuldades em prever seu preço, a criptomoeda “reflete pouca exposição fundamental” aos fatores macroeconômicos que afetam a maioria das classes de ativos tradicionais. A empresa salienta que, embora seja um ativo considerado arriscado, o bitcoin suplantou todas as principais classes de ativos em sete dos últimos dez anos.
Contudo, nos três anos em que o bitcoin não liderou, registrou o pior desempenho entre as classes de ativos. “Esses movimentos no preço do bitcoin continuam a refletir, em parte, suas perspectivas evolutivas ao longo do tempo de ser adotado de forma generalizada como uma alternativa monetária global”, afirmou a BlackRock em seu documento.
Dada a aparente imunidade do bitcoin a perturbações macroeconômicas globais, para alguns investidores, ele tem funcionado como um “refúgio seguro” em tempos de instabilidade geopolítica. A BlackRock também defende a ideia de que o bitcoin oferece uma proteção contra a possível depreciação do dólar americano, face ao crescente déficit federal.